O prefeito José Antonio Pedretti, afirmou ontem, 27, que não exonerou a secretária de Governo e Ações Estratégicas, Cristina Rosa Lima, filha do ex-presidente da Câmara, Moisés Antonio de Lima (PTB). “Cristina foi convidada para assumir a Secretaria da Saúde, no período de férias da secretária de Saúde (Geni Pereira Lobo)”, informa Pedretti.
Pedretti informa ter conversado com Cristina Lima na segunda-feira, 26, sobre o convite para assumir a Secretaria da Saúde e após as férias de Geni Lobo, ela voltaria para a Prefeitura onde passaria a ocupar um cargo em que terá melhor aproveitamento.
“Ela havia aceitado o convite, não tem sentido falar em exoneração de Cristina, ressaltei sua competência como servidora municipal, pois ela já havia trabalhado na Prefeitura por oito anos (na administração do ex-prefeito Júnior Stelato)”, afirma o prefeito.
“Também expliquei a Cristina que o seu trabalho na Prefeitura, deve-se à sua capacidade profissional e não por questões políticas”, acrescentou, referindo-se aos comentários na cidade que ela havia sido exonerada devido à posição de seu pai na Câmara, se aliando aos vereadores de oposição a Pedretti.
Pedretti enfatizou que Cristina vinha exercendo com competência o trabalho no setor de Compras da Prefeitura. Quanto à Secretaria de Governo e Ações Estratégicas, o prefeito salientou que o cargo exige muito do secretário, uma vez que é responsável por intermediar todas as ações políticas do prefeito, desde as atividades no dia a dia, até no relacionamento do Executivo com a Câmara, políticos e comunidade em geral.
Para o cargo de secretário de Governo, Pedretti informou que o secretário da Educação, José Roberto Zarzur, que está deixando a Pasta, está sendo indicado para ocupar o cargo. Zarzur já foi vereador e secretário de Governo na gestão do ex-prefeito Júnior Stelato.
Ontem, terça-feira, Pedretti informou que se reuniu novamente com Cristina e reforçou o pedido para que ela continue na Prefeitura.
O ex-presidente da Câmara, Moisés Antonio de Lima, afirmou ontem que não irá exercer o papel de oposição no Legislativo, mas irá seguir o que determina o regimento interno da Câmara.
Ele acrescentou que as diferenças políticas com o prefeito tiveram início com a eleição na Câmara em que ele apoiou o atual presidente, Francisco Rossi. “Depois disso, o prefeito pediu o cargo de Cristina”, disse. Ele confirmou a conversa de Pedretti com sua filha solicitando a ela, que ocupasse o cargo na Saúde. “Ela (Cristina) não é política, nem é filiada ao PTB e vinha exercendo um ofício que não era no seu cargo”, disse.
Moisés é presidente da Comissão de Justiça e Redação da Câmara, a qual é composta também por Rodrigo Parra e Juliano Bertolini. “Projetos em regime de urgência somente serão colocados na ordem do dia se forem realmente necessários para o município”, afirmou.
Sobre o seu posicionamento político na Câmara, informou que seu voto será decisivo nas votações de projetos do Executivo que necessitam da aprovação de 2/3 dos 13 vereadores. “Sou o nono e decisivo voto”, disse, apontando as votações de projetos de regime de urgência e também nas contas do Executivo, após análises do Tribunal de Contas do Estado (TCE) que precisam de nove votos para serem aprovados.
Moisés afirma ainda que o pedido para saída de sua filha do cargo na Prefeitura, também partiu de vereadores da situação. “Vamos esperar o que irá ocorrer nos próximos dias, a Cristina não irá pedir o desligamento”, concluiu.