A Comissão Atlética do Estado de Nevada divulgou, na terça-feira, 17, o documento que servirá de base para a sua audiência disciplinar contra Anderson Silva. Composta de 37 páginas, a denúncia inclui cópias de todos os testes antidopings positivos do atleta relativos ao UFC 183 e revela que, no dia 31 de janeiro, data do duelo contra Nick Diaz, Spider se submeteu a dois exames de urina, sendo um antes de subir no octógono e outro quando voltou para o vestiário.  Ambos apontaram a presença de drostanolona, mesma droga que já havia aparecido no exame antidoping surpresa do atleta feito no dia 9 de janeiro. 
Após o duelo contra Nick Diaz, o brasileiro ainda se submeteu a um exame de sangue, que apontou a presença de temazepam e oxazepam, substâncias do grupo de fármacos benzodiazepina, que são conhecidas como sedativos e relaxantes musculares, mas que não constam na lista de substâncias proibidas da WADA (Agência Mundial Antidoping).
O documento da Comissão Atlética de Nevada traz uma cópia do questionário médico pré-luta, no qual Anderson afirma que não fez uso de nenhum medicamento no mês que antecedeu o UFC 183. A denúncia também diz que Spider preencheu o formulário com informações que não eram verdadeiras.
O lutador não compareceu à reunião de terça-feira, em Las Vegas, mas sua presença não era obrigatória:
“Eles são notificados pela comissão, mas podem estar aqui pessoalmente, entrar por telefone ou ter um representante. É uma escolha do lutadoR”, diz Bennett, diretor da NSAC.
Anderson, no entanto, terá que comparecer à próxima reunião do órgão, no mês de março. Ele ainda precisa responder formalmente à denúncia da comissão em um prazo de 20 dias. Se não o fizer, estará admitindo todos os fatos e perderá a chance de se defender.
O ex-campeão dos médios já está suspenso temporariamente até a próxima reunião do órgão e estará sujeito a outras penalidades, a partir da análise de seu caso pela comissão.