“Com a divulgação do aumento da carga tributária para os combustíveis, empresas do setor de transporte e logística devem repensar estratégias para manter a competitividade e implementar ações que estimulem a economia de diesel, o treinamento dos motoristas, o monitoramento da frota e manutenção veicular constante”

 

O aumento da carga tributária sobre os combustíveis impacta diretamente no trabalho das transportadoras, obrigadas a repassar os custos revelados nas bombas para os clientes, com o objetivo de minimizar perdas. Em um cenário tão diverso como o da malha rodoviária brasileira, uma saída para economizar combustível e garantir mais segurança no transporte é investir no treinamento e na averiguação do desempenho do motorista ao volante, que, ao ser orientado, saberá como otimizar os recursos de seu veículo, consumindo menos combustível e dirigindo de maneira mais segura.
A CNT, Confederação Nacional dos Transportes, recentemente divulgou uma pesquisa sobre as condições das rodovias brasileiras em 2014. E os relatórios mostram, estado por estado, a situação da malha rodoviária nacional. Para se ter uma ideia da diferença de cenário, em São Paulo, 78,4% do estado geral da malha rodoviária é considerado ótimo ou bom. No Rio de Janeiro, este percentual é de 61%. Fora do eixo Rio – São Paulo, caracterizado por uma concentração de rodovias administradas pela iniciativa privada, o cenário muda completamente. Minas Gerais tem 34% de sua malha rodoviária considerada ótima ou boa.  Na Bahia, 37,9% das rodovias estão em bom estado. Estados com grandes áreas territoriais, como o Mato Grosso, tem apenas 14,7% de suas rodovias em boas condições. No Pará, o percentual cai para 10%, só para citar alguns.
Em um país como o Brasil que tem no modal rodoviário o principal vetor para o escoamento da produção e cujas diferenças de cenário são proporcionais às dimensões territoriais, é preciso considerar as melhores práticas para minimizar custos. Isso passa necessariamente pelo papel das empresas em orientar seus frotistas e também por uma revisão de hábitos, muitas vezes já automatizados, pelo motorista.
Atualmente, o mercado conta com ferramentas capazes de verificar o desempenho do motorista ao volante, no que se refere ao controle de frenagem e aceleração, além da maneira como são feitas as curvas. Tudo isso influi no desgaste dos pneus e de outras partes do veículo, ocasionando um gasto maior de combustível e uma despesa mais alta para as transportadoras. Estas ferramentas dão um diagnóstico de performance e orientam as empresas quanto aos pontos que devem ser trabalhados com os frotistas e/ou motoristas.
A combinação de técnica ao volante e manutenção assídua no veículo é fundamental para o melhor desempenho e a consequente economia de combustível. Isso se reverte em mais produtividade e eficiência dos processos. (Fonte: Edesio Horbylon Neto)