Pesquisa do IBGE, divulgada quarta-feira, 25, indica que mais da metade da população brasileira (55,9%), em 2010, residia em cidades que formavam os arranjos populacionais, ou seja, agrupamentos de dois ou mais municípios com forte integração populacional devido aos movimentos para trabalho ou estudo.
Isso representava (em 2005), 106,8 milhões de pessoas em 294 arranjos, formados por 938 municípios, revela o estudo “Arranjos populacionais e concentrações urbanas do Brasil”, que mostra ainda, o Sudeste com o maior número de arranjos, 112, que englobam 72,0% da população da região, que é de 57,8 milhões de moradores.
As três maiores concentrações urbanas eram São Paulo (capital, com 19,6 milhões de habitantes); Rio de Janeiro (11,9 milhões) e Belo Horizonte (4,7 milhões).
As concentrações urbanas se caracterizam por forte deslocamento para trabalho e estudo entre seus municípios. No caso de São Paulo, capital, são mais de 1.752.655 moradores se deslocando entre as cidades que formam as concentrações.
Além de possibilitar um maior conhecimento da realidade urbana brasileira, o estudo fornece subsídios adicionais para a elaboração de políticas públicas, assim como estimula a parceria entre os municípios envolvidos.
Em São Paulo, os arranjos seguem também os principais eixos econômicos articulados pelas rodovias Presidente Dutra (São José dos Campos-Taubaté), Anhanguera (Campinas e Ribeirão Preto), Imigrantes (Baixada Santista), BR-456 (Araraquara e São José do Rio Preto), Rodovia Marechal Rondon (SP-300), Imigrantes (Baixada Santista).
O arranjo populacional de São Paulo (capital) concentrava 36 municípios, o maior número de cidades em todo o país. O trabalho predominava como principal para deslocamentos, superando 77% dos fluxos.
As regiões Sudeste e Sul, apresentavam o maior número de arranjos, 112 e 85 respectivamente. “Além de possibilitar um maior conhecimento da realidade urbana brasileira, o estudo fornece subsídios adicionais para elaboração de políticas públicas, assim como estimula a parceria entre os municípios”, informa o IBGE.
REGIÃO – Nas microrregiões de Dracena e Adamantina, o IBGE indica dois arranjos, de acordo com a metodologia utilizada na pesquisa.
O primeiro arranjo é dos municípios de Adamantina e Lucélia que englobam ainda, Pracinha e Mariápolis, totalizando quatro cidades que somam uma população de 60.453 moradores.
Os deslocamentos para trabalho e estudo em 2010, na cidade de Adamantina (33.797 habitantes) foram de 2.107 moradores; Lucélia (19.882 habitantes): 1.986 moradores; Mariápolis (3.916 habitantes): 489 moradores e Pracinha (2.858 moradores): 248 moradores se deslocaram para trabalhar ou estudar.
No arranjo de Tupi Paulista-Nova Guataporanga, com um total de 16.446 habitantes, em ambas cidades, o número de moradores que se deslocou em 2010, de Nova Guataporanga (2.177 habitantes) a Tupi Paulista (14.269 habitantes) para trabalhar ou estudar é de 301 pessoas.