Considerado o maior castelo da França, a magnífica construção fica na cidade de Fontaineblau e impressiona por sua suntuosidade, jardins e lagos.
Atualmente, a visita do castelo de Fontainebleau é uma verdadeira viagem marcada por diversas épocas e estilos. O visitante vê-se diante da impressionante grandeza do local, mas também tem a oportunidade de mergulhar na intimidade de grandes figuras históricas, posto que ali se pode admirar, entre tantos aposentos ornados de belíssimos móveis, os grandes apartamentos dos soberanos, os dois boudoirs de Maria Antonieta, o apartamento do Papa, o apartamento da Caça, o apartamento da Senhora de Maintenon ou apartamentos particulares representativos da época de Napoleão III, organizados como se o castelo fosse um “grande hotel”, ou seja, onde os convidados do imperador pudessem gozar de todo o conforto da época.
Além de seus ricos aspectos arquitetônicos, o castelo ainda mantém uma coleção excepcional de pinturas, esculturas e objetos de artes, do século XVI ao século XIX, e diversas obras-primas, como o Trono de Napoleão I.
O Castelo de Fontaineblau foi construído pelo rei François I, o mesmo que idealizou o Castelo de Chambord e que viveu em Blois. Decididamente, este monarca queria impressionar a Europa, ele achava que a magnitude de suas construções era um retrato do sucesso de sua administração.
Voltando um pouco no tempo, antes de François I, a história do lugar começa no Século XII e a origem do nome vem da expressão “fontaine belle au”, ou seja “fonte da bela água”. Naquele local existia uma fonte de água natural com propriedades medicinais e São Luiz teria ordenado à construção de um mosteiro. No período de 1380 a 1422, o então Rei Charles VI anexou novas construções transformando o antigo mosteiro numa fortaleza com quatro torres de vigia.
Quando o nosso querido François subiu ao poder, ele gostou do lugar, mas achou que precisava de mais sofisticação, algo digno da Corte de França. Assim, em 1527 ordenou que fossem demolidas as estruturas mais antigas e novas edificações surgiram. Tudo no estilo Renascentista.
O novo Fontainebleau ganhou aposentos reais, vários prédios, jardins, lagos, alas interligadas; sua grandeza virou notícia por toda a Europa. Exatamente como o rei havia planejado.
Transformado em residência real, o palácio abrigou várias gerações da monarquia até que Henri IV entendeu que era hora de fazer algumas reformas e decidiu aumentar ainda mais a propriedade, fazendo dela sua residência preferida. Ele adorava exibir o seu castelo, uma verdadeira joia.
Depois do seu reinado, o lugar ficou praticamente esquecido por seus sucessores, afinal existiam tantos outros palácios, como aqueles do Vale do Loire, por exemplo, que podiam escolher à vontade onde morar.
Quando Luiz XV subiu ao poder, Fontainebleau voltou a ter os seus dias de glamour; novamente foram contratados arquitetos e pintores para incrementar ainda mais o castelo.
Durante a Revolução Francesa algumas cabeças da monarquia francesa foram parar na guilhotina; grande parte do acervo de Fontainebleau foi removida, mas a construção preservada.
Anos mais tarde, o General e Imperador Napoleão Bonaparte tomou posse do castelo e novamente transformou-o em luxuosa residência. Sua ligação com o lugar foi intensa, foi ali que ele assinou o sua abdicação – o Tratado de Fontainebleau – no ano de 1814.
O que mais chama a atenção neste castelo é que aparentemente a construção dos prédios não seguiu nenhuma lógica, a impressão é que eles foram ligados uns aos outros ao acaso, sem nenhum planejamento, no entanto, são justamente estes detalhes somados aos inúmeros jardins e lagos que fazem do Fontainebleau um lugar inigualável. Maravilhoso.
A cidade de Fontaineblau fica a 65 quilômetros, ao sul de Paris. O acesso também pode ser feito através de trens diários que ligam as duas cidades. Vale a pena visitar o palácio que acabou entrando para a história principalmente porque foi a residência de Napoleão Bonaparte e não tanto por ter sido a residência de tantos reis que por lá passaram.