O novo modelo obrigatório de extintores veiculares continua em falta nas lojas do setor e postos de combustíveis de Dracena, e o adiamento de 180 dias para a aquisição do extintor ABC pode não ser suficiente para que os proprietários de veículos regularizem sua situação.
No início do ano, o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) adiou por 90 dias a obrigatoriedade do uso do novo produto. No último dia 25, o órgão resolveu adiar mais 90 dias, passando a ser obrigatório a partir do dia 1º de julho. A resolução irá punir com multa de R$ 127,69, além de cinco pontos na carteira de habilitação, os motoristas que trafegarem com extintor que não seja do tipo ABC.
Comerciantes do segmento disseram que fabricantes não estão dando conta das encomendas e o que é produzido acaba sendo entregue apenas nas lojas de grandes centros.
É o que ocorre com o empresário dracenense Éder Gil Morceli que está sem o extintor ABC desde o dia 19 de dezembro, em sua loja. Ele disse ter entrado com um processo contra um dos fabricantes por já ter encomendado e pago um lote de extintores, mas até o momento a entrega não foi realizada.
Morceli acredita que deverá começar a receber os extintores ainda nesta semana. Segundo ele, os fabricantes aumentaram o preço para aproveitar o momento e o produto que era facilmente encontrado a R$ 65, deverá ficar por volta dos R$ 90, a partir de agora.
A situação é a mesma para outra loja de extintores na cidade. Segundo a secretária Janaína Maldonado, há uma lista de espera de aproximadamente 100 pessoas aguardando o novo extintor que deverá chegar na próxima semana. Até o momento, a loja dispõe apenas de extintores para caminhão. Maldonado acredita que mesmo com o adiamento de 180 dias, as lojas e os postos de combustíveis não atenderão a demanda do município até julho.
A reportagem do Jornal Regional procurou o extintor ABC nos postos de combustíveis de Dracena, na tarde de ontem, 9. A grande maioria não possui o produto, mas ele pode ser encontrado em alguns estabelecimentos pelo valor de R$ 130. Segundo o proprietário de um dos postos, o extintor dificilmente chega às pequenas cidades e os comerciantes estão tendo que se deslocar até cidades maiores para adquirir o produto. Por isso, o preço fica até 40% mais caro.
Desde 2005, todos os veículos saem de fábricas equipados com o extintor desta categoria. Porém, esses veículos devem fazer a troca do produto a cada cinco anos, período de vencimento do extintor. Os produtos também não são mais recarregáveis, como ocorria antigamente.