Depois da polêmica envolvendo o médico J. de L., 56 anos, denunciado na Polícia Civil por uma paciente que o acusou de tentar obrigar ela a engolir um aparelho celular durante consulta médica no Pronto Atendimento em janeiro deste ano, a Prefeitura dispensou o médico no mês passado, não renovando o contrato.
Uma médica foi contratada para atuar no lugar, informou o prefeito de Paulicéia, Waldemar Siqueira Ferreira (Mazinho).
Segundo o boletim de ocorrência da Polícia Civil sobre o caso, a vítima da agressão acompanhava a filha de 14 anos de idade grávida de quatro meses num exame de ultrassonografia e presenciou antes da realização da consulta o médico dizendo espontaneamente que, certa vez, havia surpreendido a própria filha namorando debaixo de uma árvore, e que a repreendeu proferindo ‘palavrões’ advertindo caso aparecesse grávida [em casa] iria ver o que aconteceria.
No relato à polícia, a paciente cita que, após Lima recordar do episódio familiar, caminhou em direção a ela dizendo: “Vou enfiar o celular na sua boca”. Mandando, inclusive, abrir a boca, tendo ele forçado o celular contra o queixo dela, que também teve seu cabelo segurado de maneira a forçar a cabeça contra a parede do consultório na presença da filha e de uma enfermeira da unidade.
Na época, a reportagem do Jornal Regional procurou Lima no consultório do Pronto Atendimento de Paulicéia, que negou ter ofendido a paciente tentado ensinar a maneira correta de educar um filho e muito menos tentar colocar um aparelho celular na boca da mulher.
A Polícia Civil de Paulicéia revelou ainda a existência de outros quatro boletins de ocorrência registrados por pacientes contra o médico J.de L., acusado pelos crimes de injúria e desacato.