Embolia pulmonar é uma doença causada pela obstrução dos vasos dentro do pulmão, com a formação de um coágulo que dificulta a passagem do sangue. O coração, por funcionar como uma bomba, ao encontrar dificuldade para transportar o sangue pode enfraquecer. Sintomas como falta de ar, sangramento pela boca e dor no peito são comuns neste quadro.
Algumas das causas são hereditárias. “O paciente carrega uma predisposição genética que, em algum momento da vida, favorece seu surgimento, sem a interferência de outro fator ambiental que o desencadeie”, afirma a dra. Roberta Pulcheri Ramos, pneumologista e diretora de finanças da Sociedade Paulista de Pneumologia e Tisiologia.
Outros fatores externos como, por exemplo, viagens e cirurgias prolongadas, são situações em que o indivíduo permanece muito tempo parado e, portanto, o sangue pode se acumular e formar o coágulo. O uso de anticoncepcional oral também pode afetar.
Para tratar, requer o uso de medicação anticoagulante. “Quando o paciente tem uma embolia, o organismo tenta formar mais trombos. Ao mesmo tempo, precisa desfazer aquele já formado. A medicação serve para inibir a formação de novos coágulos, permitindo que o organismo dissolva o já existente”, explica a dra. Roberta.
O anticoagulante deve ser ministrado por três a seis meses, na maioria dos casos, pois nesse período o risco é alto para um novo episódio. “Em alguns casos, quando o coagulo é muito grande, o paciente chega a ser levado para a UTI e utilizar uma medicação trombolítica, que dissolve o trombo”, comenta.
PREVENÇÃO – Pacientes que apresentam fatores de risco para a doença, com casos de embolia prévia ou doenças que a predisponham, como o câncer ou outras doenças crônicas, sempre devem comunicar seu médico antes de realizar uma viagem.
“Uma das medidas que recomendamos é a aplicação de uma injeção na barriga como prevenção do coágulo ou, via de regra geral, o uso de meia elástica no avião e em viagens longas, mesmo de carro. A cada duas horas mais ou menos, é preciso levantar e fazer uma caminhada. Sempre que fizer uma cirurgia grande e necessitar de imobilização, avise ao médico para fazer uso da profilaxia com a injeção”, esclarece a pneumologista.
É importante lembrar que a embolia pulmonar geralmente está associada à trombose na perna, pois o coágulo se forma nos membros inferiores e se desloca para o pulmão. “É uma causa significativa de falta de ar, o que pode confundir com outras doenças e, por essa razão, é essencial o diagnóstico o mais precoce possível”, conclui a dra. Roberta. (Fonte: Acontece Comunicação e Notícias)