Na quarta-feira, 13, às 16h20, H.R.F, 23 anos, solteiro, residente no Jardim Paulista, em Junqueirópolis, foi acusado na polícia de prática de racismo contra uma aposentada de 39 anos, moradora de Panorama.
A senhora ressalta que o fato aconteceu na rua Ipiranga, setor de hemodiálise da Santa Casa de Dracena, quando na terça-feira, 12, o acusado perguntou por ela para algumas pessoas em voz alta dizendo: “cadê aquela macaca preta e pobre?”.
A vítima disse que na quarta-feira, 13, foi perguntar ao acusado se havia dito as ofensas e ele respondeu que sim, e novamente voltou a chamá-la de “macaca preta e pobre”.
A guarnição da Polícia Militar, composta pelos cabos Basso e Gomes, foi acionada e esteve no local e diante da confirmação das duas testemunhas que confirmaram os fatos, deram voz de prisão em flagrante ao rapaz pela prática de racismo e apresentou a ocorrência no 1º Distrito Policial.
As testemunhas relacionadas na ocorrência disseram que ouviram o acusado em voz alta ofender a aposentada de “macaca e pobre”.
Uma das testemunhas confirmou ontem, 14, à tarde a reportagem, que o rapaz ofendeu a mulher de “macaca preta e vaca preta” e disse, ainda, que não falava com cachorro e que tem conta bancária muito alta no banco e que é evangélico.
Segundo essa testemunha, todas às vezes o acusado fala: “aquela macaca preta” e a vítima em um desses dias chegou a chorar.
O motivo das ofensas, que já teria acontecido pela terceira vez, teria ocorrido porque a aposentada chamou a sua atenção por ficar gritando no local.
De acordo com a testemunha, o rapaz em dado momento falou que iriar orar para a senhora e pediu que a mesma retirasse a queixa.
No DP, a prisão em flagrante por racismo não foi ratificada e foi registrado boletim de ocorrência de injúria racial, conforme prevê o artigo 140 inciso 3º do Código Penal.
INQUÉRITO – O delegado Raimundo Farias de Oliveira, titular do 1º DP, instaurou inquérito que vai apurar o delito de ofensas injuriosas e racistas contra a vítima.