Na semana passada, como forma de reduzir os custos, o Ministério da Saúde estudava a possibilidade de dispensar a presença do pediatra na sala de parto quando não houver risco para o bebê e para a genitora.
A classe médica repudiou a possível decisão do Governo Federal, considerada perigosa e que retrocede a qualidade da assistência. A mudança foi vista como uma possível forma de reduzir os custos de procedimentos no Sistema Único de Saúde (SUS).
O ginecologista e obstetra Silvio Grando, de Dracena, disse que o “pediatra é imprescindível na hora do parto”. Para o médico, na maioria dos partos tudo ocorre bem e a atuação do pediatra não se faz necessária, entretanto, “ninguém pode garantir que o bebê não irá precisar de algum procedimento de emergência”, ressalta Grando.
Após a proposta ser duramente criticada, na quarta-feira, 20, o Ministério da Saúde garantiu que fará mudanças no texto colocado em consulta pública com diretrizes para o parto, apesar do ministro da pasta, Arthur Chioro, sair em defesa da proposta alegando que ela havia sido construída “com muito zelo”.