Começou hoje (28) na Universidade Federal Fluminense (UFF) a greve de professores, técnicos administrativos e alunos, por melhores condições de trabalho e contra cortes no orçamento das universidades.
A greve faz parte da mobilização da Associação Nacional dos Docentes do Ensino Superior (Andes) e da Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-Administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (Fasubra).
Em diversos campi da UFF, houve atos para angariar apoio ao movimento, incluindo a ocupação da reitoria e o bloqueio do acesso ao campus do Gragoatá. Segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Universidade Federal Fluminense (Sintuff), também houve protesto no Hospital Universitário Antônio Pedro, contra a redução de leitos dos últimos anos.
“A greve está tendo um bom impacto já no primeiro dia. É o melhor princípio de greve dos últimos anos”, disse o coordenador-geral do Sintuff, Pedro Rosa, ao afirmar que o movimento estudantil tem sido um grande aliado.
A presidenta da Associação de Docentes da UFF, Renata Vereza, destacou que a greve foi aprovada por “ampla maioria” em assembleia e disse que a prioridade dos professores é cobrar a reestruturação da carreira. Outras pautas são a melhoria das condições de trabalho, finalização das obras de expansão da universidade, contratações de docentes, técnicos e aumento da assistência estudantil.
A Agência Brasil tentou, sem sucesso, entrar em contato com a UFF até o início desta tarde.
O coordenador de administração e finanças da Fasubra, Rolando Malvasio, disse que a partir de hoje será possível ter uma ideia de qual é o grau de mobilização que a greve vai atingir. Segundo ele, os técnicos de 51 das 54 universidades que fazem parte da Fasubra estão em greve, o que inclui as quatro federais do Rio: UFF, Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ ), Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) e Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio).
Os docentes da UFRRJ votarão hoje sua adesão à greve nacional, e os da UFRJ e Unirio recusaram a greve em assembleia.