Na noite de segunda-feira, 6, ocorreu nova reunião na sede do Rotary Club de Dracena, para discutir medidas que visam coibir o som abusivo até altas horas da noite, o que acaba gerando incômodo, principalmente na hora de dormir. A reunião contou com a presença de cerca de 50 pessoas da comunidade, autoridades militares, entre elas, o capitão da 1ª Cia. Ivan Garcia; o comandante do 25° Batalhão de Dracena, major Ezequiel; vereadores, representantes do Conselho Tutelar, entre outros participantes.
A queixa devido ao som alto dos carros vem ocorrendo com frequência há tempo e é mais intensa na avenida Washington Luiz, rua Tiradentes, Florianópolis, Castro Alves, Duque de Caxias e Joaquina Maria André.
Segundo relatos de moradores, o som que se inicia por volta das 22h estende-se até as 5h, tornando-se praticamente impossível ter uma noite de sono agradável sem que haja som alto, principalmente aos finais de semana.
A boa notícia é que desde a última reunião ocorrida no dia 10 de junho, o barulho reduziu, devido à constante fiscalização dos policiais, que acabam inibindo novos flagrantes de som alto.
De acordo com o capitão Ivan, foi formada uma comissão com moradores e vereadores, para se encontrar com o prefeito José Antônio Pedretti e o Ministério Público, com o intuito de expor o problema e achar uma solução para que diminua o número de pessoas que abusam do som em veículos.
O capitão Ivan pediu ainda a colaboração da comunidade e de alguns setores. “Não basta apenas a ação da polícia, é necessário algo complementar, com o envolvimento de outras instituições”.
Panfletos informativos serão entregues aos condutores com a intenção de orientar cada vez mais as pessoas sobre a prática de perturbar o sossego da população.
INFRAÇÕES – O som automotivo acima de 80 decibéis é considerado poluição sonora, causando vários danos à saúde, quando atravessa as paredes e invade as residências, ferindo os tímpanos.
A poluição sonora causa, ainda, distúrbios no sono, mal-estar, estresse, perda de capacidade auditiva, surdez, dor de cabeça, falta de concentração, aumento do batimento cardíaco, infarto, entre outras coisas, além de ser considerado um ilícito administrativo, civil e criminoso.
Na lei das contravenções penais é considerado criminal perturbar alguém, o trabalho ou o sossego alheio, abusando de instrumentos sonoros ou sinais acústicos. A pena é prisão de 15 dias a 3 meses, ou multa. Na civil, a poluição ambiental gera multa.
Já o administrativo, segundo o Código de Trânsito Brasileiro, usar no veículo equipamento com som em volume ou frequência que não sejam autorizados pelo Contran, à infração é grave, com multa e medida administrativa, com retenção do veículo.