A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo e outras 100 associações do comércio da agricultura e dos serviços lançaram segunda-feira, 21, campanha contra o aumento dos impostos e a recriação da Contribuição Provisória sobre a Movimentação Financeira (CPMF).
A campanha “Não vou pagar esse pato”, está sendo coordenada em Dracena, pelo representante da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo e Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp-Ciesp), Sérgio Roberto de Souza e o ex-diretor do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senai), Nestor Tobias Filho.
Eles informam que o objetivo é obter assinaturas para a campanha de moradores de Dracena e região. “Não vou pagar esse pato”, é iniciativa da Fiesp, entidade presidida por Paulo Skaf.
“Skaf é conhecido na política por ter sido candidato a governador de São Paulo, mas a campanha contra o aumento dos impostos é da Fiesp, liderada por ele, como presidente da Federação, é voltada para toda população e tem apoio das principais entidades representativas do País, como a Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) e Confederação Nacional das Indústrias (CNI), entre diversas outras”, explica Souza.
“Não é uma campanha política, mas busca apoio da sociedade contra o aumento dos impostos e a recriação da CPMF, que é um imposto perverso e que se aprovado, vai mexer com o bolso de todo o contribuinte”, acrescenta o representante da Fiesp.
Souza e Tobias lembram que a extinção da CPMF (conhecida como imposto do cheque), em 2007 ocorreu graças à mobilização popular, com importante papel da Fiesp.
A campanha tem objetivo de obter 1,5 milhão de assinaturas no País que irão dar respaldo ao projeto de lei (PL) popular para obter representatividade no Congresso Nacional que irá votar a reativação da CPMF, a qual o governo federal quer reativar.
No material de divulgação da campanha, são apresentados números sobre impostos no País, que impressionam, como a informação de que a carga tributária no Brasil é uma das mais altas do mundo. “Só neste ano, serão R$ 2 trilhões de impostos, mas o brasileiro recebe muito pouco em troca”, aponta o site da campanha.
Sobre os reflexos de novo aumento de impostos, os organizadores apresentam um dado impactante. “Forçará os setores produtivos a fecharem um grande número de vagas de trabalho”.
O site da campanha apresenta os valores pagos de impostos por produtos necessários nas residências, casos da geladeira que custa, R$ 1,1 mil e tem a carga de R$ 390 em tributos, em uma tevê de 32 polegadas que custa R$ 1 mil, são pagos R$ 450 de impostos e um smartphone 4G, que custa 600, R$ 240 são de taxações.
ADESÕES – Moradores de Dracena e região, interessados em aderir ao abaixo-assinado da campanha, podem procurar o endereço comercial, localizado na avenida José Bonifácio, 132, ou entrar em contato pelo fones (18) 99785-1411 e 99611-0381. Os ogranizadores informam que nos próximos dias será montado um quioesque na praça Artuhr Pagnozzi para aqueles que desejam aderir ao abaixo-assinado. O site da campanha é naovoupagaropato.com.br