A greve de servidores do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) de Dracena completa 36 dias hoje, 3. O estado de São Paulo é o que mais possui agências paralisadas. Os servidores pedem reajuste da remuneração de acordo com a inflação; incorporação das gratificações; plano de cargo e carreira; 30 horas de trabalho para todos servidores; realização de concurso público para repor o quadro de funcionários; fim do assédio moral; isonomia salarial e paridade entre ativos e aposentados. Os trabalhadores ainda protestam contra a terceirização.
Em Dracena, o que não vem ocorrendo desde o início da paralisação são os atendimentos ao público, como pedido de aposentadoria, pensão, salário maternidade, entre outros atendimentos.
A novidade é que os médicos que até então trabalham normalmente e realizam todas as perícias médicas podem entrar em greve a partir de amanhã, 4.
Segundo matéria publicada na Folha de S. Paulo, o maior impacto será sobre a concessão e a renovação de benefícios por incapacidade, como o auxílio-doença e a aposentadoria por invalidez. Mas a greve afetará também outros setores do governo.
Durante a paralisação, 30% dos profissionais realizarão o atendimento nas agências da Previdência, segundo o presidente da ANMP, associação dos médicos peritos, Francisco Cardoso. “Caberá ao INSS organizar a agenda e priorizar os casos urgentes”, afirmou Cardoso.
De acordo com boletim divulgado pelo Ministério da Previdência Social em agosto, a paralisação afeta mais de 70% das agências do órgão no País. O INSS garantiu o pagamento dos valores atrasados aos segurados prejudicados pela greve. A paralisação fez várias agências do INSS só agendar pedidos de aposentadoria para 2016.
A paralisação continuará pelo menos até o próximo dia 11, para quando está agendada nova assembleia.
A reportagem fez contato com a agência local, porém ninguém quis se manifestar sobre o assunto.