A Secretaria da Educação de São Paulo acaba de fechar os números de um levantamento inédito sobre as preferências de leitura dos estudantes das escolas estaduais. Ao longo de dois meses, mais de 150 mil alunos participaram de uma consulta online aberta no Portal da Educação e voltada ao Ensino Fundamental, Médio e Educação de Jovens e Adultos. O resultado revelou que o livro “O diário de Anne Frank”, lançado pela primeira vez em 1947, é o preferido dos estudantes da rede.
Para chegar ao “top 10”, cada estudante indicou sua obra preferida em uma lista de 50 outros títulos nacionais e estrangeiros, entre romance, aventura, poesia e terror. O livro escrito pela jovem judia Anne, refugiada com a família em um porão durante a ocupação nazista em Amsterdã foi o mais pontuado da seleção (veja lista abaixo). Todos fazem parte do acervo das bibliotecas das escolas estaduais e podem ser consultados ou ser fonte de empréstimo a qualquer momento.
Na rede estadual, os títulos avaliados na pesquisa também são utilizados em atividades extraclasses e em sala de aula nas disciplinas de Língua Portuguesa, Literatura e Redação. A indicação das obras variam de acordo com a faixa etária e o ciclo de ensino. Por causa da temática da Segunda Guerra, por exemplo, “O diário de Anne Frank” é sugerido a alunos da 2ª série do Ensino Médio. Já “O saci”, um dos clássicos de Monteiro Lobato e o segundo colocado do ranking, é sugerido a alunos do 7º ano do Ensino Fundamental.
O 7º ano, aliás, emplacou na lista outros dois títulos: “O meu pé de laranja lima”, de José Mauro de Vasconcelos e “O menino poeta”, escrito por Henriqueta Lisboa. Entre os estudantes do 8º ano, aqueles que receberam as melhores notas foram: “As aventuras de Pedro Malasartes”, de Hernani Donato e que ganhou uma versão para o cinema por Mazzaroppi; e “O poço do visconde”, também de Monteiro Lobato. Vale destacar ainda “A droga da obediência”, sucesso de vendas e crítica nos anos de 1980 e que até hoje atrai a atenção dos estudantes.
“O levantamento nos subsidia para aprimorarmos ainda mais as atividades de incentivo à leitura com os nossos alunos. Os acervos das escolas estaduais foram reforçados e são extremamente diversificados, como o nosso ranking de preferências aqui detectado”, afirma Maria Aparecida Magnani, da equipe de Programas de Livros da Secretaria.
ASSESSORIA DE IMPRENSA / Secretaria da Educação do Estado de São Paulo