Escolas de duas cidades da Nova Alta Paulista serão afetadas no processo de reorganização do ensino proposta pelo Governo Estadual a partir do próximo ano.
Ao todo, 754 escolas passarão a atender com um único ciclo, duas delas em Lucélia e outras duas em Adamantina.
Conforme a lista divulgada na última quarta-feira, 28, pela Secretaria Estadual de Educação, em Adamantina, a Escola Estadual Fleurides Cavallino Menechino oferecerá apenas os anos finais do Ensino Fundamental e a Escola Estadual Helen Keller, o Ensino Médio. Em Lucélia, a Escola Estadual José Firpo passará a oferecer apenas Ensino Médio e a escola nova da Vila Rancharia atenderá a demanda de alunos dos anos finais do Ensino Fundamental.
Nenhuma escola será fechada na região, segundo a secretaria. Das 94 escolas que passarão pela reorganização em todo o estado, em 2016, funcionarão com outras atividades educacionais, 27 delas são atualmente unidades compartilhadas com municípios, ou seja, o prédio é usado por alunos da rede estadual e municipal. Com a reorganização, essas escolas passarão a ser exclusivamente municipais. É importante destacar que elas continuarão sendo escolas.
A partir do ano de 2016, a rede estadual de ensino passará por uma reorganização e o número de escolas serão divididas por ciclos: anos iniciais do Ensino Fundamental, anos finais do Ensino Fundamental e Ensino Médio.
Segundo a Secretaria de Educação, “Os alunos terão uma escola mais preparada para as demandas de cada etapa escolar e atenta à nova realidade de cada faixa etária. O processo favorecerá também na gestão das unidades e possibilitará a adoção de estratégias pedagógicas focadas na idade e fase de aprendizado dos alunos”, informa.
Já o Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), “A atual proposta representa mais do mesmo, utilizando uma metodologia que não resolveu os problemas da educação paulista e não melhorou a qualidade do ensino no passado e no presente. Com a separação das unidades escolares, além dos efeitos já apontados, a vida de grande parte dos professores que permanecerão na rede se tornará mais complexa, pois um docente que ministra aulas para os últimos anos do Ensino Fundamental e no Ensino Médio terá que se desdobrar em pelo menos duas unidades escolares para compor a sua jornada”, afirma o Sindicato.
Nem todas as unidades de ensino passarão pela reorganização. As escolas com mais de um ciclo ainda funcionarão, devido às diferenças demográficas e as necessidades por escolas para diversas faixas etárias em algumas regiões.