Diferente de Dracena, em Tupi Paulista a perturbação do sossego, pelo som alto de alguns veículos e estabelecimentos comerciais foi resolvido entre os anos de 2008 a 2014, pelo comando da 4ª Cia. da Policia Militar que tinha no comando o capitão Marcelo Cavalcante. Ele mobilizou e uniu clubes de serviços, a Polícia Civil, o Ministério Público e a comunidade. O problema foi resolvido depois que a PM realizou palestras nos clubes de serviços, maçonaria, reuniões do Conseg, escolas, onde a população não só ficou sabendo das ocorrências de som alto como foi convocada a ajudar no combate como colaboradora.
Na época, a PM montou um planejamento estratégico no qual durante o patrulhamento, acionados via 190 ou ao presenciar o som alto, o veículo era apreendido até realização da perícia, o boletim de ocorrência era elaborado e anexado o registro fotográfico.
As partes envolvidas eram encaminhadas para a Delegacia de Polícia e depois toda a documentação enviada ao Ministério Público.
As medidas de controle do som alto adotadas quando Cavalcante era comandante da 4ª Cia ainda prevalecem e o autor do som alto assina um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) e se compromete a não repetir a perturbação, obrigando caso isso ocorra, pagar multa de R$ 3 a R$ 5 mil.
Definiu-se ainda que o som alto nas dependências de estabelecimento comercial, o que acontecia frequentemente em pátios de postos de combustíveis, eram fiscalizados e filmados e o dono do comércio era acionado a comparecer no Ministério Público e também assinar o TAC. A multa pode chegar até R$ 40 mil, em caso de reincidência neste tipo de ocorrência.
Segundo o capitão Cavalcante que agora ocupa o cargo de chefe do setor de Justiça e Disciplina de Relações Públicas no 25º Batalhão de Dracena, em Tupi Paulista e nas demais cidades que pertenciam à área da 4ª Cia., o número de ocorrências de som alto era muito elevado e procurou-se envolver toda a comunidade e órgãos responsáveis e a partir de 2010 e 2011 com a união de esforços a Polícia Militar obteve bons resultados e na redução do problema.
“Com participação efetiva de todos os setores públicos e comunidade, a PM realizou fiscalização rigorosa com o respaldo do Ministério Público”, disse o capitão.
“Tínhamos problemas nas conveniências de postos de combustíveis onde os proprietários foram notificados e se adequaram à lei e mudaram o comportamento conseguindo evitar a multa por causa do som alto”, explica o capitão.