O técnico Dunga fez experiências no treinamento tático de ontem, 11, na Arena Corinthians, mas, na entrevista coletiva que deu antes, foi direto ao responder a uma pergunta. “O time já está na minha cabeça, definido”, disse.
Só que a escalação será divulgada uma hora antes do jogo. Dunga espera que o confronto seja marcado pela grande rivalidade existente entre as duas seleções, mas descarta a possibilidade de haver um clima de hostil e “guerra”, como já aconteceu em vários clássicos anteriores.
“Tenho certeza de que os jogadores vão entrar duro, com firmeza, mas como muitos atuam juntos nos clubes da Europa existe uma amizade e, sobretudo, um respeito profissional muito grande entre eles”.
O técnico está convicto de que os desfalques da Argentina não a tornarão menos perigosa ou competitiva. Ele acredita que os substitutos que entrarão, além da capacidade técnica, procurarão mostrar mais empenho ainda para aproveitar a oportunidade. Vão jogar com mais raça ainda.
Confiante no desempenho da Seleção Brasileira, Dunga aproveitou uma questão sobre Elias – “e a maneira de atuar, com mais liberdade no Corinthians” – para revelar a maneira como trabalha e o que pede aos seus jogadores.
“O Elias tem a mesma liberdade de atacar aqui, exatamente como faz no Corinthians. É uma questão de característica. Eu não posso mudar. Se o jogador, como Elias, tem o estilo de se infiltrar na área do adversário, é lógico que ele pode fazer isso na Seleção”.
Dunga ratificou.
“Eu peço aos jogadores para fazerem aqui exatamente o que fazem nos seus clubes. Característica não se muda. Se aproveita”.
Invicto contra a Argentina como técnico – três vitórias e um empate – Dunga atribui essa marca ao desempenho dos seus jogadores e às circunstâncias das quatro partidas.
“Devo muito essa invencibilidade aos que os jogadores produziram em campo e às circunstâncias que aconteceram nas quatro partidas. Cada jogo tem uma história, o desta quinta-feira certamente será muito difícil”.