O governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin, anunciou ontem, 4, a suspensão do plano de reorganização de escolas da rede estadual de ensino.
Nas últimas semanas, as manifestações tem sido intensas na capital paulista e no final da manhã de ontem, Alckmin fez seu pronunciamento oficial no Palácio dos Bandeirantes.
Após a decisão, o secretário de Educação Herman Voorwald pediu para deixar a pasta e o governador aceitou o pedido. De acordo com o jornal Folha de São Paulo, a decisão de suspender o plano não teve o aval de Voorwald, que estava encabeçando todo o projeto.
Com o recuo na reorganização escolar, as cidades de Adamantina e Lucélia devem ser afetadas.
Conforme a lista divulgada pela Secretaria Estadual de Educação no mês de outubro, em Adamantina, a Escola Estadual Fleurides Cavallino Menechino ofereceria apenas os anos finais do Ensino Fundamental e a Escola Estadual Helen Keller, o Ensino Médio. Em Lucélia, a Escola Estadual José Firpo passaria oferecer apenas Ensino Médio e a escola nova da Vila Rancharia atenderia a demanda de alunos dos anos finais do Ensino Fundamental.
A reportagem entrou em contato com a Diretoria de Ensino de Adamantina para obter informações sobre a situação das referidas escolas. A D.E. informou que aguarda o pronunciamento oficial a respeito.
A justificativa dada por Alckmin para o recuo é o de aprofundar o diálogo em 2016.
A reorganização previa o fechamento de 93 escolas e a transformação de 754 unidades em ciclos únicos. O argumento é de que o projeto provocaria melhora nos indicadores educacionais. Além da oposição de alunos e professores, instituições como a Universidade de São Paulo (USP), a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), a Universidade Estadual Paulista (Unesp) e a Universidade Federal do ABC (UFABC) se posicionaram contrários ao projeto. Uma das críticas de especialistas e alunos é de que o governo não havia realizado discussões sobre o projeto antes de anunciá-lo.