As apresentações da Folia de Reis nos municípios vizinhos a Dracena já foram iniciadas – como por tradição neste mês de dezembro. A cultura religiosa é comemorada em todo o País, no entanto, vem perdendo força nos últimos anos, sendo possível observar a diminuição desses grupos.
No dia 13 deste mês, o Grupo de Folia de Reis ‘Estrela da Manhã’, da cidade de Ouro Verde, através do Bastião da Folia (Flávio) e seus mestres, contra mestre e companheiros fizeram uma belíssima apresentação na residência da senhora Almerinda, em Nova Guataporanga. Nesta data foi comemorado o dia de Santa Luzia, protetora dos olhos.
O grupo Estrela da Manhã tem como embaixador Marcelo Rodrigues.
No dia 6 de janeiro, o município de Ouro Verde será palco de uma grande festa de Santo Reis, a partir das 20 horas, a comunidade local e de cidades vizinhas estão convidadas a prestigiarem o evento.
HISTÓRIA – De origem portuguesa, a Folia de Reis é uma festa católica ligada à comemoração do Natal, comemorada desde o século XIX. Segundo a Bíblia, quando Jesus nasceu, os três reis magos foram visitá-lo, levando presentes.
A data fixada em 6 de janeiro passou a ter grande importância em países de origem latina, especialmente os que a cultura é de origem espanhola. Em alguns lugares a comemoração se tornou mais importante até que o próprio Natal.
Em Muqui, no Espírito Santo, por exemplo, acontece desde 1950 o maior encontro nacional de Folia de Reis, reunindo cerca de 90 grupos de foliões de regiões, como Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais, organizado pela Secretaria Municipal de Cultura.
Cidades brasileiras como o Rio de Janeiro, realizam folias até o dia 20 de janeiro, dia de São Sebastião, padroeiro do Estado. Em outros estados, a comemoração acontece com frequência em cidades do interior. Grupos de foliões visitam as casas que os acolhem e fazem doações, cantando e tocando músicas de louvor a Jesus e aos Santos Reis, em volta do presépio, com muita alegria.
Os instrumentos utilizados normalmente são a viola caipira, o acordeom ou sanfona, a gaita, o reco-reco e a flauta. Liderados pelo capitão da Folia, seguem reverenciando a bandeira, carregada pelo bandeireiro. A bandeira carrega o símbolo da folia. Decorada com figuras que levam ao menino Jesus, feita geralmente de tecido, é enfeitada com fitas e flores de plástico, tecido ou papel, sempre costuradas ou presas com alfinete, nunca amarradas com nós cegos, para segundo a crença não “amarrar” os foliões ou atrapalhar a caminhada.
Ao chegar às casas que os recebem, a primeira a entrar é a bandeira, que fica hasteada e todos então cantam a canção de chegada. Em seguida acontecem as paradas para os almoços e jantares, oferecidos pelos donos das casas e que são agradecidos pelos foliões com modas de viola e danças como o cateretê e catira.
O bastião ou palhaço, que usa roupas coloridas, máscara e carrega uma espada e é o responsável por abrir passagem para a Folia, também recita poesias e cita passagens da Bíblia. Os demais participantes se dividem de forma que cada um cante de uma maneira no coro de vozes e isso traz um som muito agradável.
O mestre, sempre inicia os cânticos, é a posição mais importante do bando, pois ele é o responsável pelo andamento dos cantos, da colocação das vozes, é uma espécie de maestro, além de ser o que conhece a origem do grupo, o fundamento e a história da trajetória.
Com versos improvisados de agradecimento pela acolhida, os demais, cada qual na sua voz e vez, repetem os versos acompanhados pelos seus instrumentos. Estes instrumentos são sempre enfeitados com fitas coloridas, cada cor representa um simbolismo, rosa, amarela e azul, podem representar Maria, a branca o Espírito Santo.
Na casa que recebe os foliões tem o festeiro, que é o responsável pela preparação da festa da chegada da bandeira. Ao sair os foliões então cantam a canção de despedida e agradecem os donativos e partem para outra casa que os receberão.
Este folclore nacional, embora um pouco desconhecido das grandes cidades tem grande significância no interior de grandes estados. Algumas destas cidades são: Araraquara, Barretos, Bebedouro, Bom Jesus dos Perdões, Campinas, Franca. (Fontes: http://pt.wikipedia.org/wiki/Folia_de_Reis http://www.cidadespaulistas.com.br/folia-de-reis/folia-de-reis.html)