O clima é de tranquilidade na Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP), onde cerca de mil candidatos fazem hoje (11) a segunda prova da segunda fase da Fundação Universitária para o Vestibular (Fuvest).

Os portões foram fechados às 13h. Ao todo, 25.967 vestibulandos foram convocados para esta etapa. Eles estão distribuídos em 42 endereços de São Paulo e 19 no interior do estado. Mais de 140 mil pessoas participaram da primeira fase. A Fuvest é a maior seleção para ingresso em curso superior do país, ficando atrás do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

É a primeira vez que João Pedro Fugolin, 16 anos, faz o vestibular da USP e está animado com a possibilidade de estudar Ciências da Computação. “Na primeira fase, passei com uns 10 pontos de folga”, disse. Hoje, com as questões de História, Geografia, Matemática, Física, Química, Biologia e Inglês, ele espera se sair melhor do que nas provas de ontem, de Português e Redação.

Utopia como tema
“Sou melhor em Física e Matemática. Acho que vão estar difíceis, até porque é a Fuvest, mas acho que consigo ir bem. As de humanas vou ter mais dificuldade”, avaliou. João Pedro relatou que considerou a proposta de Redação difícil, pois o tema “Utopia” era abstrato. “Não era muito fácil, mas foi tranquilo para se posicionar”, apontou.

Para Fernanda Formicula, 17 anos, a prova foi boa. “Achei tranquilo. A gente já tinha feito coisa parecida na escola e isso ajudou”, disse. Apesar de achar que foi bem na prova de ontem, ela também espera ter um melhor desempenho nas questões de hoje, porque gosta mais da área de exatas. Fernanda também fez o Enem neste ano, mas aposta na aprovação da USP. “Desde pequena tenho isso em mente”, disse.

Stephanie Kobashi, 18 anos, tenta o curso de Engenharia Química na Fuvest pela segunda vez. Em relação às provas de domingo, ela considerou a de Português mais complicada por exigir conteúdos muito específicos das livros de literatura cobrados no vestibular.

“Achei bastante conteudista. Foi difícil fazer as análises, comparando um livro com outro, mas era o esperado. Não fugiu do padrão da Fuvest”, avaliou. Stephanie aponta que prioriza a USP pelo peso que a universidade tem profissionalmente. “É bastante conceituada. No mercado de trabalho, falando que faz Poli[técnica], o seu currículo já vai ficar melhor entre os concorrentes”, avaliou.

Pais ansiosos
Como é comum nos locais de provas de vestibular, pais ansiosos aguardam os filhos entrarem no prédio. Foi o caso da enfermeira Roseli Tamashiro, 45 anos, que levou a filha Rafaela, 16 anos, que faz a Fuvest como treineira. “Ela está tentando Medicina. Ela já tentou no ano passado e não passou para a segunda fase. Agora já foi adiante. Ano que vem ela vai tentar de verdade”, relatou.

Ela avalia que fazer a prova como teste é importante para dar mais tranquilidade. “Desde que ela demonstrou interesse, nós apoiamos. É bom conhecer o ambiente e perder o nervosismo”, disse.
Mais de 2,2 mil candidatos que passaram para esta fase são treineiros. Na prova de ontem, faltaram 7,9% dos aprovados para a segunda fase. A prova pode ser consultada na íntegra no site da Fuvest [http://www.fuvest.br/vest2016/provas/fuv2016.2fase.dia1.pdf].