A abertura oficial da Campanha da Fraternidade (CF) 2016 será no próximo dia 10, como sempre na missa de quarta-feira de cinzas. Na paróquia Nossa Senhora Aparecida haverá missa às 7h30 e às 19h30, celebrada pelo frei Airton Gregoleto, e na igreja Perpétuo Socorro missa também às 19h30.
Na paróquia São Francisco de Assis, a missa será às 19h30, com o padre José Ribeiro. O Santuário Nossa Senhora de Fátima, na Vila Barros, celebrará missa das cinzas às 15h e às 19h30, com o padre Wilson Luiz Ramos.
Este ano, o tema da campanha é “Casa Comum, nossa responsabilidade”, e o lema “Quero ver o direito brotar como fonte e correr a justiça qual riacho que não seca” (Am 5.24). A campanha deste ano busca fortalecer a construção de políticas públicas e atitudes responsáveis que garantam a integridade e o futuro da casa comum, ou seja, do planeta Terra.
A Campanha da Fraternidade Ecumênica este ano terá dimensão internacional, pois será realizada em parceria com a Misereor, entidade vinculada à Igreja Católica da Alemanha que trabalha na cooperação para o desenvolvimento da Ásia, África e América Latina.
A quarta-feira de cinzas ainda marca o início da Quaresma, período de 40 dias que antecede uma das principais datas para a igreja católica, a ressurreição de Jesus Cristo, comemorada no domingo de Páscoa, que este ano acontece no dia 27 de março.
POLÍTICAS DE SANEAMENTO – No Brasil, 7,2 milhões de habitantes não possuem banheiro em suas residências (de acordo com o Progress on Sanitation and Drinking-Water, dados de 2014), cerca de 35 milhões de pessoas não contam com água tratada em casa e quase 100 milhões estão excluídas do serviço de coleta de esgotos, como aponta publicação de 2015 do Instituto Trata Brasil. Por isso, a Campanha da Fraternidade Ecumênica 2016 aborda prioritariamente a construção de políticas públicas na área do saneamento básico.
Ainda de acordo com o Trata Brasil, a cada 100 litros de água coletados e tratados, em média apenas 67 litros são consumidos. Contudo, 37% da água coletada no Brasil é perdida em função de vazamentos, furtos ou ligações clandestinas, falta de medição ou medições incorretas do consumo de água, do que resulta um prejuízo de R$ 8 bilhões. A soma do volume de água perdida por ano nos sistemas de distribuição das cidades daria para encher seis sistemas Cantareira (SP). Eis o porquê da campanha tocar mais diretamente este assunto, uma vez que o mesmo diz respeito à saúde pública, à dignidade humana, à sustentabilidade do planeta e também à economia. (Com informações do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil – Conic)