“Alguns dias mais tarde Félix veio com Drusila, a sua esposa, que era judia. Mandou chamar Paulo e o ouviu falar a respeito da fé em Cristo Jesus. Mas, quando Paulo começou a falar sobre uma vida correta, o domínio próprio e o Dia do Juízo Final, Félix ficou com medo e disse: -Agora pode ir. Quando eu puder, chamarei você de novo” (Atos 24.24, 25).

Do cárcere, Paulo foi levado à presença do governador Félix e sua esposa Drusila. Lá o apóstolo falou sobre a justiça de Deus que nos recebe por causa da sua benignidade. Paulo explanou como essa acolhida produz domínio próprio que subjuga o nosso egoísmo nato. Quando, por fim, discorreu sobre o juízo final, no qual todos haverão de prestar contas a Deus, o governador sentiu-se ameaçado e terminou a audiência.
Causa grande incômodo, em muitas pessoas, quando se vincula a fé com a realidade. Assuntos, temas como o exercício da justiça e a discriminação racial encontram forte oposição ainda nos tempos atuais. Martin Luther King, um pastor batista negro norte americano, ousou contrapor a segregação racial nos Estados Unidos. Os brancos detinham várias regalias e privilégios, enquanto que os homens e mulheres negros viviam em condição miserável. Os negros eram impedidos de entrar em restaurantes e espaços públicos privados para brancos. Não podiam estudar nas mesmas escolas. Eram proibidos de votar e forçados a ceder o lugar no ônibus aos brancos. Impelido pela fé em Jesus Cristo, Martin Luther King, num protesto pacífico e não violento, abalou os Estados Unidos e fez com que a prática da segregação racial fosse reexaminada na suprema corte americana. Sua liderança na resistência não violenta pelo fim do preconceito racial rendeu-lhe o Prêmio Nobel da Paz, mas, em abril de 1968, ele foi assassinado.
Devemos pedir ao Senhor que nossas atitudes sejam encharcadas pela fé, pela esperança e pelo amor. Agindo assim glorificaremos a Deus e abençoaremos beneficamente a outros. Somente ao Deus soberano toda a glória!

*Pastor e missionário presbiteriano.