Terminou por volta das 15h40 de sexta-feira, 21, o julgamento do ex-líder do PCC (Primeiro Comando da Capital), José Marcio Felício, vulgo Geléião, e Alexandre dos Santos, vulgo Barriga. Ambos participaram de um júri popular no fórum de Osvaldo Cruz pela prática de homicídio ocorrido no dia 19 de novembro de 2006. O crime ocorreu no interior da penitenciária compacta de Osvaldo Cruz, onde a vítima, Nilton Tadeu Dos Santos, que foi morto através de estrangulamento.
Desde cedo, por volta das 6h um forte esquema de segurança da Policia Militar e Policia Civil, com o apoio do helicóptero Águia de Presidente Prudente cercaram o prédio do fórum de Osvaldo Cruz onde o acesso ficou restrito apenas para pessoas credenciadas.
De acordo com o Ministério Público, os denunciados e a vítima, cumpriam pena na penitenciária de Osvaldo Cruz, quando os réus resolveram matar a vítima porque esta não aceitou que sua esposa fosse utilizada para introduzir drogas dentro do presídio.
No dia do crime, por volta da hora do almoço, os denunciados conduziram a vítima até um dos banheiros das visitas, e com as portas fechadas, mataram a vítima mediante asfixia mecânica por estrangulamento.
Segundo A denúncia do MP, Alexandre dos Santos Busse, o “Barriga”, foi quem conduziu a vítima até um dos banheiros das visitas. E em seguida, “GELEIÃO” entrou no banheiro junto com o outro acusado e matou Nilton Tadeu Dos Santos.
Os dois réus simularam a ocorrência de um suicídio da vítima por enforcamento, mas a hipótese foi afastada pelos peritos. Os réus mataram a vítima por motivo torpe, ou seja, porque esta não permitiu que sua esposa fosse utilizada para introduzir drogas dentro do presídio.
Após praticamente 10 anos o caso foi levado a julgamento em Osvaldo Cruz. O Tribunal Popular do Júri começou por volta das 9h30 e foi composto por 5 (cinco) mulheres e 2 (dois) homens que foram escolhidos através de sorteio.
Ás 15h25 os jurados foram para a Sala Secreta e ás 15h40 a juíza, Mariana Sperb, que presidia a sessão, proferiu a sentença condenando Geléião a 22 anos e mais e mais 7 anos e 4 meses de prisão por ser reincidente. Alexandre dos Santos acabou absolvido do crime.
Ao final da sentença a juíza, agradeceu a força tarefa da Polícia Militar e Civil para o reforço da segurança do fórum local, bem como a Policia Federal que realizou a escolta dos acusados para Osvaldo Cruz.