O brasileiro, por gostar, acompanha novelas e futebol, mas por necessidade, aprendeu economia. Presentes nas décadas de 80 e 90, no século passado, os mais velhos vivenciaram os diversos planos econômicos e os períodos de altíssima inflação.

Apenas na grande recessão (1929), portanto, quase 100 anos atrás, o País teve dois anos seguidos de diminuição do Produto Interno Bruto (PIB), e agora, novamente, estávamos caminhando para o terceiro ano seguido, o que seria um fato único na história do Brasil.
Com muitos problemas e ainda muito para se resolver, conseguimos mudar o rumo do transatlântico chamado Brasil, e começamos a discutir assuntos antes intocáveis como mudanças significativas na previdência e nas relações trabalhistas.
Conseguimos limitar, constitucionalmente, o crescimento de gastos públicos, o que parece ser básico na elaboração orçamentária para qualquer família: não gastar mais do que se arrecada, o que não fazia parte dos valores do nosso governo federal.
Ouvindo o setor produtivo, o governo federal tem buscado construir uma agenda positiva, com pequenas e grandes mudanças, que de forma isolada não trarão a solução, mas quando analisadas no conjunto estão mudando para melhor o humor do brasileiro.
Os indicadores de confiança, inflação e crescimento estão, a cada nova sondagem e divulgação, com expectativas econômicas positivas. Isso tudo tem, inclusive, acelerando a queda na taxa de juros e para alguns agentes do mercado financeiro para um digito, no início do segundo semestre.
O foco de todos que ocupam cargos públicos e de lideranças da sociedade, nesse momento, deve ser a criação de empregos e a geração de renda, único indicador importante que ainda não começou a melhorar e que sem ele nada se constrói, vale pouco um esforço isolado em um nível de governo ou de um macro setor se não for uma ação coletiva.
As famílias estão muito endividadas e sufocadas financeiramente, aumentando inclusive a violência. O país necessita de emprego, é preciso incentivar os empresários dispostos a investir; é preciso celeridade aos processos de aprovação e licenciamento; é preciso segurança jurídica e legislativa; é preciso responsabilidade na gestão pública e consciência daqueles que detém o poder, da importância, para a sociedade das pessoas que aportam na produção o seu capital para gerar crescimento e renda em uma sociedade.
A dificuldade foi e continua sendo muito grande, o custo é alto e todos teremos que pagar pelo que foi feito, mas tenho certeza que estamos chegando ao final de mais um ciclo de dificuldade na história de nosso país, que conta hoje com uma equipe econômica competente e alinhada no importante objetivo de colocar nossas contas e o país no eixo positivo e de crescimento.
E para o mercado imobiliário, que vive também de ciclos, estamos com os preços estáveis e com baixa procura dos compradores que estão sem renda disponível ou se beneficiando das altas taxas de juros. O momento também é de início de um novo ciclo de valorização, afinal os preços estão estabilizados há dois anos.
Em um mercado de longo prazo, como o imobiliário, e onde cada família faz durante toda a vida, na média, menos de 2 compras, o melhor momento para se investir é exatamente o período que estamos vivendo. A saída da crise econômica está por chegar e a luz no final do túnel se aproxima a cada dia.
Portanto, se você busca a realização do sonho da casa própria, um imóvel de lazer, ou até mesmo complementar a sua renda na aposentadoria com investimento no mercado imobiliário, aproveite e bons negócios.

*Presidente do Sindicato da Habitação do Estado de São Paulo (Secovi-SP)