Asma brônquica, conhecida popularmente ou simplesmente como “bronquite” ou “ bronquite asmática”, é uma doença inflamatória crônica dos brônquios, bastante frequente, em especial na população pediátrica, podendo acometer até 20% da população em geral e cerca de 300 milhões de pessoas no mundo, sendo uma das principais causas de consultas e de internações hospitalares. Geralmente tem início nos primeiros anos de vida com períodos de remissões que podem ser longos, às vezes até por muitos anos, com o reaparecimento dos sintomas em qualquer fase da vida. O início na vida adulta e na terceira idade pode ocorrer, porém é menos frequente. A inflamação tem como consequência o fechamento,ou seja, a obstrução dos brônquios, causando dificuldade para a entrada e saída do ar dos pulmões. Essa obstrução pode ser rápida, de forma aguda, com reversão em curto tempo ou crônica, persistindo por longo período. A gravidade da doença depende do grau de obstrução e das condições clínicas do asmático. Os sintomas mais comuns são tosse, chiado e aperto no peito, falta de ar, mais frequentes no período noturno, que podem ser agudos ou crônicos. O diagnóstico na maioria das vezes é rápido e simples, mas outras doenças podem apresentar os mesmos sintomas. Em crianças, doenças congênitas respiratórias, infecções e aspiração de corpos estranhos. Já em adultos, insuficiência cardíaca, infecções, tumores entre outras. Por isso é muito importante a realização de exames complementares. Um simples RX de tórax pode mostrar a presença de doenças pulmonares, tumores, corpos estranhos ou indicar a necessidade de uma tomografia de tórax. A prova de função pulmonar ou espirometria, exame simples, indolor e de fácil execução é primordial para o diagnóstico e para a gravidade da inflação, para o tratamento e acompanhamento do paciente, desde que seja realizada por profissional habilitado e com experiência. A alergia é uma causa frequente. Teste alérgicos cutâneos ou exames laboratoriais de sangue podem identificar os agentes desencadeadores (ácaros, fungos, baratas, epitélio e pelos de animais, polens entre outros). A asma pode ter componente ocupacional. O ambiente de trabalho pode desencadear ou agravar a asma quando já pré-existente. Muitas vezes é necessária a troca de função no trabalho para controle da doença. O tratamento depende da gravidade da inflamação. Muitos asmáticos rapidamente controlam sua doença, porém, a minoria, necessita de um tratamento prolongado com uso permanente de medicações. Mas o que é muito importante é que os portadores de asma sejam sempre supervisionados e acompanhados por médico especialista na área de pneumologia, para melhor controle de sua doença com melhor qualidade de vida.

*Instituto do Pulmão e Sono, avenida José Bonifácio, 1384. Tel.: (18) 3822-4242