A Prefeitura de Dracena, por meio da Secretaria de Saúde e Higiene Pública, comunica que foi confirmado pelo Instituto Pasteur o resultado positivo para o vírus da raiva em um morcego não hematófago encontrado em área urbana. Outros seis suspeitos estão sob análise.

É importante que a população evite o contato com morcegos, pois esses também podem estar contaminados. Caso encontre animais durante o dia, portanto fora da rotina dessas espécies, é indicado comunicar imediatamente o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), no telefone (18) 3822-7570. Proprietários de cães e gatos não vacinados em 2017 também devem procurar o CCZ para imunizá-los.

“Não há necessidade de pânico por parte da população. Todas as medidas indicadas pela Vigilância Epidemiológica e pelo Instituto Pasteur estão sendo tomadas”, salientou a Secretária de Saúde e Higiene Pública, Lígia Sinatura.

ÚLTIMO CASO – O último caso da raiva humana no estado de São Paulo ocorreu em Dracena, com a morte de uma dona de casa de 52 anos, em julho de 2001.

A doença foi constatada após exame realizado pelo Instituto Pasteur, da Secretaria Estadual da Saúde. Familiares relataram aos técnicos de saúde na época, que a vítima tinha uma gata e vizinhos a viram brigar com um morcego um mês antes de atacar a dona. A gata não foi mais encontrada. Antes, desde 1997 não havia ocorrência de raiva humana no estado de São Paulo.

PROTOCOLO – As normas técnicas de profilaxia da raiva humana, do Ministério da Saúde, orientam que em casos de ocorrência com cão ou gato suspeitos de raiva no momento da agressão grave, deve-se lavar o local com água e sabão, observar o animal durante dez dias após a exposição e começar o esquema profilático com vacinação.

Se o animal morrer, desaparecer o se tornar raivoso deve-se dar continuidade à vacinação e aplicação do soro. Se o animal permanecer sadio no período de observação, o caso é encerrado.

No caso de acidentes graves por cão ou gato raivosos, desaparecidos ou mortos e animais silvestres, incluindo morcegos, além de lavar com água e sabão, deve-se iniciar imediatamente a aplicação do soro e cinco doses de vacinas.

Nas agressões por morcego, o Ministério da Saúde determina que deve-se aplicar o soro antirrábico e vacinação simultâneos, independente da agressão da lesão.

SORO – O soro antirrábico que passou a ser utilizado na década de 50, jamais deve ser utilizado sozinho, ele complementa a profilaxia da raiva humana em pós-exposição, pois já é um concentrado de anticorpos antirrábicos produzidos em outro organismo.

Os anticorpos antirrábicos produzidos em outro organismo devem ser administrados, se necessários, além da vacina contra a raiva (nunca em sua substituição), em casos de grande risco de o vírus rábico atingir o sistema nervoso central de maneira mais rápida devido à localização e extensão do(s) ferimento(s). 

O soro antirrábico pode ser heterólogo (origem animal), denominado ERIG (Equine Rabies ImmunoGlobulin) ou apenas SAR (Soro Antirrábico) ou homólogo que é a imunoglobulina antirrábica humana, denominado HRIG (Human Rabies ImmunoGlobulin).

ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO Prefeitura de Dracena e Da Redação.