Professor desmistifica redação do Enem e dá dicas sobre o que fazer e o que não fazer na hora de escrever

O repórter Junior Paschoalotto conversou com o professor de redação Valmir Rogério Faili, que acertou o tema da redação do exame nos últimos três anos. Neste material especial do SPTV 2ª Edição e do G1, eles trazem mais informações e também comentam como os erros de ortografia podem prejudicar o desempenho no texto dissertativo.

• No Enem, a redação é uma dissertação argumentativa, então, o aluno precisa defender um ponto de vista. “Ele não pode esquecer-se de trazer um posicionamento crítico e defender seu ponto de vista”.
• Os textos de apoio, presentes na prova, são boas fontes de argumentos para a construção desta dissertação, como explica a Cartilha do Estudante do Enem 2017, divulgada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep). As recomendações são “refletir sobre o posicionamento dos autores dos textos motivadores e definir com muita clareza qual será o seu posicionamento”, conforme indica o guia.

• São 30 linhas no máximo, segundo o professor. Além disso, a redação não pode ter menos de sete linhas. “Normalmente, os textos têm entre quatro e cinco parágrafos”, conta Faili.

• “Quando você escreve com muitos erros ortográficos, isso mostra que você não sabe usar com proficiência a sua língua. Sem contar que você perde nota na competência 1, que é aquela que avalia concordância, ortografia e regência, por exemplo”, orienta o professor.
• Ele ainda traz outros pontos que podem levar a descontos na nota. “Não apresente características [no seu texto] que violem a dignidade humana. Acrescentar frases desconexas também pode levar ao zero. Além disso, fugiu do tema, é zero”, diz.

• O aluno tem de estar atento às atualidades, de acordo com Faili. O estudante deve analisar o que foi relevante e causou discussão ao longo do ano, e até mesmo no fim do ano passado. “Aquilo que foi forte enquanto problemática, alguma política pública que está em evidência… Isso pode ser tema da redação. Alguns desses assuntos, por exemplo, são envelhecimento da população e a questão da homofobia, por exemplo”, conta o professor.