A Diretoria-Geral da Câmara dos Deputados determinou a suspensão do pagamento dos salários e benefícios aos deputados federais Paulo Maluf (PP-SP) e Celso Jacob (PMDB-RJ). As informações são da assessoria de imprensa da presidência da Câmara.

Com a decisão, os gabinetes deixam de existir, os funcionários são exonerados e os deputados não receberão mais salário e benefícios como auxílio-moradia e cota parlamentar.

Maluf foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em maio deste ano. O deputado foi acusado pelo Ministério Público Federal de usar contas no exterior para lavar dinheiro desviado da Prefeitura de São Paulo quando foi prefeito da capital, entre 1993 e 1996.

Na última terça (19), o ministro Edson Fachin do STF determinou o “imediato início” do cumprimento da pena de 7 anos, 9 meses e 10 dias de prisão.

Jacob foi condenado em 2006 por falsificação de documento público e dispensa irregular de licitação quando o peemedebista era prefeito de Três Rios (RJ).

O deputado foi preso em junho, no aeroporto de Brasília, depois de decisão do Supremo que determinou a imediata execução da pena, de 7 anos e 2 meses de prisão, em regime semiaberto (que permite o trabalho fora da cadeia durante o dia).

De acordo com o site da Câmara, em novembro, o deputado Paulo Maluf (PP-SP) recebeu R$ 19.398,33 de salário, após abatidos descontos como contribuição previdenciária e imposto de renda. Já a cota parlamentar (dinheiro usado para o exercício do mandato), em novembro, foi de R$ 18.156,40.

A cota parlamentar é usada, por exemplo, para despesas como passagens aéreas, telefonia, alimentação, gastos com gabinetes, entre outros. O benefício é um reembolso de despesas, o deputado paga pelos benefícios e depois é ressarcido pela Câmara.

Em novembro, o deputado Celso Jacob (PMDB-RJ) recebeu R$ 23.682,51 de salário e sua cota parlamentar foi de R$ 108,35. Atualmente, o salário líquido dos deputados federais é de R$ 33.763.

Eles também têm direito a uma cota parlamentar que varia de acordo com a distância de seus estados de Brasília, sendo que os deputados de Roraima recebem o valor mais alto (R$ 45.612,53) e a do Distrito Federal a mais baixa (R$ 30.788,66).

 
 
Carmen Lúcia nega pedido de prisão domiciliar para Paulo Maluf

Carmen Lúcia nega pedido de prisão domiciliar para Paulo Maluf

Maluf foi condenado em maio pelo STF por lavagem de dinheiro e, na terça-feira (19), o ministro Luiz Edson Fachin rejeitou um recurso do deputado, determinando o início “imediato” da pena de 7 anos, 9 meses e 10 dias de prisão, além da perda do mandato.

Na quarta-feira (20), um dia após a decisão de Fachin, Maluf se entregou à Polícia Federal em São Paulo. Ele deve ser transferido nesta sexta-feira (22) para o presídio da Papuda, em Brasília.

Na noite desta quinta-feira (21), a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, negou pedido da defesa para suspender a prisão de Paulo Maluf.

 

O deputado federal Celso Jacob (PMDB-RJ), durante discurso na Câmara (Foto: Gustavo Lima/Câmara dos Deputados)

O deputado federal Celso Jacob (PMDB-RJ), durante discurso na Câmara (Foto: Gustavo Lima/Câmara dos Deputados)

Jacob está preso no Complexo Penitenciário da Papuda. Ele foi condenado em 2006 por falsificação de documento público e dispensa irregular de licitação quando o peemedebista era prefeito de Três Rios (RJ).

Em maio deste ano, o Supremo Tribunal Federal (STF) rejeitou recurso apresentado pela defesa do deputado Celso Jacob (PMDB-RJ) e determinou a imediata execução da pena, de 7 anos e 2 meses de prisão, em regime semiaberto (que permite o trabalho fora da cadeia durante o dia).

À época da condenação, o deputado divulgou nota na qual afirmou que nunca roubou “um centavo sequer”, queixou-se da impossibilidade de, acordo com ele, apresentar novas provas ao Supremo e declarou ter sido condenado devido a um “um erro administrativo”.