Uma das grandes estreias da Globo neste começo de ano é a nova temporada de “Cidades dos Homens”, série que foi originalmente exibida na emissora em 2002 e que teve continuação em 2005. Três grandes conflitos regem a nova temporada de “Cidade dos Homens”: o desemprego, a disputa pela guarda do filho e o preconceito que surge de onde menos se espera. A trama, uma coprodução da Globo com a O2 Filmes estreia na noite desta terça-feira e mostra a dupla Acerola (Douglas Silva) e Laranjinha (Darlan Cunha), já adultos, enfrentando novos dilemas, desafios e questionamentos. E, diante deles, os dois têm uma só certeza: uma amizade verdadeira que ultrapassa o tempo e supera barreiras.
A minissérie é escrita por Marton Olympio, com supervisão de roteiro de George Moura e tem direção de Pedro Morelli.
Assim como na temporada anterior, a minissérie usa o tempo presente como fio condutor para narrar uma nova história, revisitando, através de flashbacks, as aventuras de Laranjinha e Acerola, em antigos episódios. Desempregado e sem dinheiro, Acerola (Douglas Silva) aceita fazer um “bico”, sem saber que o serviço é para um bandido, que se denomina o dono do morro. E, para piorar a situação, a tarefa dá errado e, sem opção, ele se vê obrigado a entregar uma carga roubada, indo contra todos os seus princípios. Já para Laranjinha (Darlan Cunha), a volta de Poderosa (Roberta Rodrigues), mãe de Davi (Luan Pessoa), vai obrigá-lo a lutar pela guarda do menino. Ela, que deixou seu filho ainda bebê sob os cuidados do pai, agora retorna decidida a ter o menino a qualquer custo. Tudo isso em meio à difícil rotina dos moradores do Rio de Janeiro e os constantes confrontos entre policiais e traficantes. A nova temporada marca ainda o reencontro com mais um personagem: João Vitor (Thiago Martins), o antigo amigo playboy do episódio “João Victor e Uólace”, que foi tão presente na adolescência da dupla, agora volta à trama como professor de seus filhos Davi e Clayton (Carlos Eduardo Jay).
Para George Moura, supervisor do roteiro da minissérie, “Cidade dos Homens” dá voz a dramas que parecem estar à margem, mas que pertencem à maioria da população brasileira. “Contamos histórias fortes envolvendo temas como a nova realidade das comunidades, o racismo, a falta de grana e de oportunidade e os conflitos da paternidade. Temos ainda o retorno de Roberta Rodrigues e Thiago Martins, talentos que se revelaram muito jovens no universo da dramaturgia do ‘Cidade dos Homens’. São reencontros mágicos, sobretudo à luz da reprise de cenas de episódios antigos, como narrativa em flashback, que mostra todo o elenco ainda criança e adolescente”, revela.
Marton Olympio, autor da nova temporada, diz que as observações sobre o dia-a-dia servem como inspiração para contar as histórias de Laranjinha e Acerola.