O interventor militar que ficará à frente das forças de segurança do Rio de Janeiro enquanto a intervenção federal durar no estado é o general Walter Souza Braga Neto, do Comando Militar do Leste.

Na madrugada desta sexta (16), o presidente Michel Temer decidiu decretar intervenção na segurança pública no Rio. O decreto será publicado ainda nesta manhã, segundo o presidente do Senado, Eunício Oliveira.

Braga foi um dos responsáveis pela coordenação da segurança durante a Olimpíada do Rio, em 2016. Ele já ocupou o serviço de inteligência do Exército e tem um perfil combatente.

O general também tem sido parceiro das forças auxiliares de segurança pública e é tido pela Polícia Civil do Rio de Janeiro como um colaborador dedicado. Braga também costuma receber representantes das forças de segurança no gabinete sem marcar na agenda.

 

Intervenção

 

Com a intervenção federal na segurança, as Forças Armadas assumem o comando das polícias Civil e Militar no estado do Rio. A decisão ainda terá que passar pelo Congresso Nacional. A intervenção deve durar até 31 de dezembro de 2018, último dia do governo Pezão.

Na manhã desta sexta, foi decidido ainda o afastamento do secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, Roberto Sá. O anúncio será feito pelo governador em uma entrevista coletiva em Brasília após a assinatura do decreto da intervenção. No entanto, Sá não será exonerado do cargo.

Durante a intervenção, a Constituição Federal não pode ser alterada, o que pode afetar o andamento a reforma da Previdência, que é uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) e tem votação marcada para a semana que vem.

A decisão foi tomada após reunião de emergência no Palácio da Alvorada, na noite de quinta-feira (15). A intervenção na segurança teve a anuência do governador Luiz Fernando Pezão.