Depois de dois empates e a primeira derrota no ano, o Palmeiras vinha se cobrando a entrar a 110% ou pelo menos conseguir uma vitória diante do Junior Barranquilla, na quinta-feira, na estreia da Libertadores. O placar de 3 a 0, com dois gols de Bruno Henrique e um de Borja, atendeu pelo menos à segunda “obrigação”.
O resultado na Colômbia foi ótimo: deixa a equipe de Roger Machado na primeira posição do Grupo 8, já que Alianza Lima e Boca Júniors empataram por 0 a 0 e somaram um ponto cada. Na segunda rodada, em 3 de abril, o adversário será a equipe peruana, em casa.
Já o desempenho em si oscilou muito. Apesar de ter um jogador a mais desde os nove minutos da primeira etapa, após a expulsão do lateral-esquerdo Gutiérrez, o Palmeiras teve grande dificuldade para trocar passes e controlar o jogo, sobretudo na primeira etapa.
Por diversas vezes, forçou lançamentos e devolveu a posse para o Junior. Parecia nervoso, afobado, mesmo depois de Bruno Henrique ter aberto o placar, aos 18 minutos, numa rara e inteligente troca de passes.
Talvez isso tenha sido fruto do nervosismo da estreia ou da autocobrança por um bom resultado depois da derrota para o Corinthians. Na volta para o segundo tempo, sim, mais calmo, o time se aproveitou dos espaços em campo para controlar a partida e não sofrer contra-ataques de um oponente com um homem a menos. Exceção feita aos minutos finais, quando voltou a relaxar.
É quase impossível dominar uma partida por 90 minutos. É natural que o adversário também consiga criar momentos de perigo – geralmente aqueles que estejam com 11 em campo. O ponto positivo é que, desta vez, como na maioria dos jogos do Campeonato Paulista, o Palmeiras evoluiu consideravelmente de um tempo para o outro. O ponto negativo é que essa oscilação tem sido relativamente frequente.
Até o próximo compromisso da Libertadores (frente ao Alianza Lima, em casa, em 3 de abril), há um mês para se tentar oscilar menos. Nesse meio-tempo, porém, o Palmeiras também terá provas de fogo no Campeonato Paulista, com mais um clássico (contra o São Paulo, em 8 de março) e o primeiro mata-mata da temporada.