O reajuste de 8,5% feito pela Petrobras no preço do botijão de gás de cozinha de 13 quilos surpreendeu muitos empresários e comerciantes do setor em Dracena.

Para o proprietário de empresa de venda e distribuidora de gás, Juliano Manfré, é necessário aguardar o posicionamento das companhias de gás quanto ao reajuste para depois falar no valor que será praticado ao consumidor. “Não esperava por mais este aumento esse ano. Agora vamos aguardar o posicionamento das companhias”, considerou.

Vitor Reinalde, proprietário de empresa de revenda e atacado, também contou que foi surpreendido. “Este reajuste nessa semana foi uma surpresa. Já vivemos um ano em que tivemos muitos reajustes e acredito que até o fim do ano pode ocorrer outro”, avalia. Por enquanto, o empresário irá trabalhar com os produtos que têm em estoque no preço antigo, ele também pontuou que o fim do ano é o período muito bom para o setor em razão do aumento nas vendas por conta das festas. “Na Páscoa e no Natal, as vendas aumentam”, conta.

Os comerciantes argumentam que cálculos divulgados pela Petrobras, do preço médio de venda nas refinarias para os distribuidores não levam em consideração a carga tributária e o transporte induzindo o consumidor à sensação de que o reajuste foi pequeno. Também lembram que anualmente em setembro é realizado o dissídio coletivo dos trabalhadores do setor o que também reflete no preço do gás de cozinha.

Em consulta a sites do setor, foi possível constatar que o gás de cozinha foi um dos itens que mais sofreu aumentos nos últimos 20 anos. Além disso, é um produto com impacto imediato no bolso do consumidor uma vez que não tem substituto.