No dia a dia, Peter e os alunos enfrentam dificuldades na escola como instalações precárias, falta de material escolar e professores. Além disso, a maioria dos estudantes são de famílias muito pobres. “Eles não conseguem se concentrar, porque não se alimentaram o suficiente em casa”, relatou Tabichi ao site da premiação. Para ajudar os alunos, o professor doa cerca de 80% do seu salário para custear fardas e materiais escolares.O professor Peter tem se destacado por criar projetos que despertam a curiosidade dos alunos e incentivam a sua participação ativa, como a formação de um grupo de talentos e expansão do Clube de Ciências. Para a rede BBC News, Tabichi disse que leciona para que os alunos vejam que “a ciência é o caminho certo” para alcançar melhores condições no futuro. Com o incentivo de Peter, os alunos passaram a se dedicar e 60% dos estudantes se qualificaram para competições em todo o país. Entre os prêmios conquistados, um deles foi pelo aproveitamento de plantas na geração de eletricidade.O Global Teacher Prize reconhece professores de todo o mundo que realizam um trabalho diferenciado e oferecem ótimas contribuições à profissão. Em 2018, a vencedora foi a britânica Andria Zafirakou. Ela aprendeu conceitos básicos das 35 línguas faladas pelos alunos da escola em que leciona, a Alperton Community School em Londres.
A brasileira Débora Garofalo, 39 anos, ficou na lista dos 10 melhores professores na premiação. Com o projeto “Robótica com Sucata”, a professora da rede pública de São Paulo, ao lado do queniano que ficou no primeiro lugar, Débora concorreu ao prêmio com professores de países como Argentina, Grã-Bretanha, Holanda, Índia, Japão, Austrália, Geórgia e EUA.
Garofalo foi a primeira mulher brasileira a conseguir indicação de finalista da premiação. O seu projeto Robótica com Sucata envolve a reutilização de materiais eletrônicos, além de promover a conscientização sobre a produção e descarte do lixo.
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