Os casos de sífilis adquirida (em adultos) no Brasil têm crescido no Brasil, de acordo com o Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), a população mais afetada pela sífilis são as mulheres, principalmente as negras e jovens, na faixa etária de 20 a 29 anos. Ainda conforme o documento, esse grupo representa 14,4% de todos os casos de sífilis adquirida e em gestantes notificados. Na comparação por sexo, as mulheres de 20 a 29 anos alcançam 26,2% do total de casos notificados, enquanto os homens nessa mesma faixa etária representam apenas 13,6%.

Em Dracena, de acordo com a Vigilância Epidemiológica, foram notificados 22 casos de sífilis, destes 11 homens e 11 mulheres, no ano passado. Ainda de acordo com a VE, neste primeiro semestre apenas um caso foi notificado (mulher), no mesmo período no ano passado, foram três notificações. Esse número pode ser muito maior, porém muitos não procuram pelo serviço de saúde.

A principal forma de diagnóstico da sífilis é o teste rápido (TR) que está disponível no SUS, é prático e de fácil execução, com leitura do resultado em, no máximo, 30 minutos.

Conforme a VE observou, geralmente, são as mulheres que descobrem primeiro a sífilis, tanto as gestantes como aquelas que estão com vida sexual ativa tendo em vista que a mulher, geralmente, faz os exames preventivos uma vez ao ano. Ainda foi observado pelas profissionais que alguns parceiros fazem o teste e o tratamento, outros fazem o teste, mas não fazem o tratamento, reinfectando as respectivas parceiras novamente e há homens que nem fazem os exames.

A medida mais importante de prevenção da sífilis é o uso correto e regular da camisinha feminina e/ou masculina mais importante de prevenção da sífilis, por se tratar de uma Infecção Sexualmente Transmissível (ISTs). Em Dracena, o tratamento da doença é realizado gratuitamente no SUS que disponibiliza os medicamentos.

TRATAMENTO – O tratamento de escolha é a penicilina benzatina (benzetacil), que poderá ser aplicada na unidade básica de saúde mais próxima de sua residência. Esta é, até o momento, a principal e mais eficaz forma de combater a bactéria causadora da doença. Quando a sífilis é detectada na gestante, o tratamento deve ser iniciado o mais rápido possível, com a penicilina benzatina. Este é o único medicamento capaz de prevenir a transmissão vertical, ou seja, de passar a doença para o bebê.

A parceria sexual também deverá ser testada e tratada para evitar a reinfecção da gestante.  (Com informações do Ministério da Saúde).

Sífilis primária – sintomas

Ferida, geralmente única, no local de entrada da bactéria (pênis, vulva, vagina, colo uterino, ânus, boca, ou outros locais da pele), que aparece entre 10 a 90 dias após o contágio. Essa lesão é rica em bactérias.

Normalmente não dói, não coça, não arde e não tem pus, podendo estar acompanhada de ínguas (caroços) na virilha.

Sífilis secundária – sintomas

Os sinais e sintomas aparecem entre seis semanas e seis meses do aparecimento e cicatrização da ferida inicial. Pode ocorrer manchas no corpo, que geralmente não coçam, incluindo palmas das mãos e plantas dos pés. Essas lesões são ricas em bactérias.Pode ocorrer febre, mal-estar, dor de cabeça e ínguas pelo corpo.

Sífilis latente – fase assintomática – sintomas

Não aparecem sinais ou sintomas. É dividida em sífilis latente recente (menos de dois anos de infecção) e sífilis latente tardia (mais de dois anos de infecção). A duração é variável, podendo ser interrompida pelo surgimento de sinais e sintomas da forma secundária ou terciária.

Sífilis terciária – sintomas

Pode surgir de dois a 40 anos depois do início da infecção. Costuma apresentar sinais e sintomas, principalmente lesões cutâneas, ósseas, cardiovasculares e neurológicas, podendo levar à morte.

O acompanhamento das gestantes e parcerias sexuais durante o pré-natal de qualidade contribui para o controle da sífilis congênita.

 

Sífilis congênita

É uma doença transmitida para criança durante a gestação (transmissão vertical). Por isso, é importante fazer o teste para detectar a sífilis durante o pré-natal e, quando o resultado for positivo (reagente), tratar corretamente a mulher e sua parceria sexual, para evitar a transmissão. Recomenda-se que a gestante seja testada pelo menos em três momentos: primeiro trimestre de gestação; terceiro trimestre de gestação e momento do parto ou em casos de aborto. A sífilis congênita pode se manifestar logo após o nascimento, durante ou após os primeiros dois anos de vida da criança.

As complicações da sífilis congênita: aborto espontâneo; parto prematuro; má-formação do feto; surdez; cegueira, deficiência mental e morte ao nascer.