Vítimas de animais peçonhentos, 2.792 pessoas morreram no Brasil entre 2007 e 2017, de acordo com dados divulgados pelo Ministério da Saúde. As regiões Nordeste e Sudeste acumulam o maior número de casos, somando juntas 1.783 óbitos. Entre os animais peçonhentos mais perigosos aparecem as serpentes. Durante o período, elas foram responsáveis por 1.271 mortes, seguidas dos escorpiões (975 casos) e das abelhas (348 casos).

O Biólogo Giuseppe Puorto, membro do CRBio-01 – Conselho Regional de Biologia – 1ª Região (SP, MT e MS), explica que os animais peçonhentos gostam de ambientes quentes e úmidos e podem ser mais facilmente encontrados em matas fechadas, trilhas ou próximos a residências onde há acúmulo de lixo. “Por isso, manter espaços próximos à residência livre de lixo, entulhos ou restos de materiais de construção ajudam a prevenir acidentes com animais peçonhentos”, alerta.

Caso a pessoa encontre algum animal peçonhento, o Biólogo recomenda que a pessoa se afaste, não tente assustá-lo ou tocá-lo, mesmo que posso parecer estar morto, e chame as autoridades de saúde local para tomar as devidas providências. “Se acontecer de ser atacado pelo animal, procure por atendimento médico imediatamente”, recomenda Puorto. Abaixo, o especialista dá outras dicas do que pode ser feito para evitar o aparecimento dessas espécies:

  • Tome cuidado para não deixar que plantas trepadeiras se encostem às casas e que folhagens entrem pelo telhado ou pelo forro;
  • Não acampar próximo a áreas (plantações, pastos ou morros) onde normalmente há roedores – principalmente serpentes;
  • Móveis, cortinas, quadros, cantos de parede e terrenos baldios devem ser limpos com regularidade;
  • Vedar frestas e buracos em paredes, assoalhos, forros e rodapés;
  • Utilizar telas, vedantes ou sacos de areia em portas, janelas e ralos;
  • Controlar roedores existentes na área e combater insetos, principalmente baratas (são alimentos para escorpiões e aranhas).