O abate de bovinos caiu 1,8% e o de suínos e frangos subiu 6,1% e 2,8%, respectivamente, no último trimestre de 2019, em comparação com o mesmo período do ano anterior, de acordo com os resultados preliminares da Estatística da Produção Pecuária, que o IBGE divulgou este mês.

Já em relação ao terceiro trimestre de 2019, o abate de bovinos reduziu 5,4%, o de frangos caiu 1% e o de suínos subiu 1,5%.

O vendedor do ramo de carnes, Antônio Sérgio Garcia Filho, disse que o aumento do consumo de aves e suínos ficou entre 20% a 30%. “Aumentou o consumo de aves, muito impulsionado pelo reajuste do preço da carne bovina”, disse ele.

Os preços mais altos foram sentidos por consumidores da região de Dracena também no fim do ano passado.

Em relação às aves, segundo Shiro Umehara Neto, sócio proprietário de um frigorífico de aves em Flórida Paulista, o fim de 2019 foi bom. “Houve uma melhora no fim do ano passado. Mas o começo de 2020 já constatou uma queda. Esse ano não aumentou o abatimento de aves”, disse Neto.

De acordo com Neto, a tendência é de aumento dos preços do frango nos próximos meses. “A princípio aumenta. O custo aumentou muito graças ao aumento do preço do milho. Ano passado pagava cerca de R$ 42,00, este ano o preço disparou para R$ 54,00. Hoje se produz mais soja do que milho. Não é um momento bom para quem vive de abatimento de aves. Me preocupa muito o preço do milho. A chance de prejuízos é grande”, alegou o produtor.

Ele disse que a margem é muito pequena, enfatiza que produtores que exportam seguem a pleno vapor, incentivados pela alta do dólar. Outro fator foi a queda no preço final do frango, que chegou a 20%. Isso dificulta. Sobrou muito frango no ano passado. Então o preço caiu. É a famosa lei da oferta e procura”, finalizou.