Neste domingo, 8 de março, é comemorado o Dia Internacional da Mulher. A data é celebrada anualmente após o Partido Socialista da América, em 20 de fevereiro de 1909, em Nova York, durante manifestação de mulheres por igualdade de direitos civis e em favor do voto feminino.
A Comemoração do Dia Internacional da Mulher foi oficializada pela ONU na década de 1970.
A data simboliza a luta das mulheres não apenas contra a desigualdade salarial, mas também contra o machismo e a violência.
Em Dracena, faltando 29 dias para fechar o primeiro trimestre deste ano, a Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) observa diminuição nos casos de violência doméstica contra as mulheres, em relação ao trimestre de 2019.
A delegada de polícia Luciana Nunes Falcão Mendes, divulgou ontem, 6, à tarde, ao JR e Portal Regional, que no primeiro trimestre do ano passado foram registrados 56 Boletins de Ocorrências contra 33 de janeiro até ontem.
No ano passado foram feitos no primeiro trimestre oito flagrantes contra quatro entre janeiro a março deste ano. Em 2020, de janeiro até agora já foram requeridas pelas mulheres de Dracena vítimas da violência, 30 medidas protetivas e 32 no ano passado.
A delegada Luciana entende que em Dracena pelo número de medidas protetivas encaminhadas e deferidas em favor das mulheres vítimas da violência, demonstra que o Judiciário e o Ministério Público têm sido sensíveis ao problema e severos contra os agressores, decretando até mesmo a prisão preventiva contra eles. “Esse resultado é graças ao trabalho realizado pelo Ministério Público, Judiciário e a Polícia Civil através da DDM e do Plantão Central”, ressaltou a delegada.
A delegada Luciana disse ainda que além do trabalho de atendimento das mulheres vítimas da violência, vem realizando palestras de conscientização dos homens para respeitarem as mulheres e de todas as consequências que a violência pode causar. Ela salienta que o problema não é só para a mulher, mas sim para toda a sociedade, porque o filho que cresce em meio à violência tem a tendência também de ser violento. “O filho vendo o pai batendo na mulher e vendo a mãe sendo agredida, se torna problemático. Acaba abandonando a escola e, com isso não entra no mercado de trabalho, acaba nas drogas e na criminalidade praticando furtos, entre outros delitos. A violência doméstica não é só das Marias que apanham e, sim de toda a sociedade que precisa se conscientizar das consequências”, afirmou a delegada da DDM.
Luciana Mendes afirmou que a DDM encaminha as mulheres agredidas ao Creas para o atendimento psicológico e isso ajuda a reduzir a violência. “O conselho para as mulheres que estejam passando por violência doméstica é que para sair dela é necessário se conscientizar e ter o entendimento de que a vida mais preciosa é a dela e dos filhos, ter independência e ser feliz por ela e não pelo marido. Denuncie e mantenha o que foi dito. Procure o apoio dos familiares e se liberte da violência sofrida”, concluiu a delegada.