Sim, você não ouviu errado. Diversas doenças neurológicas geram vertigem, sintoma apelidado de “labirintite”. Vertigem é a sensação das coisas girando ou balançando, uma percepção anormal de movimento. Usualmente, essa sensação quando ocorre, acaba ganhando o título de “labirintite”, mas olha só, até 25% das causas de vertigem e tontura podem estar no cérebro e não no labirinto. Ontem, 22, foi o Dia Internacional do Cérebro.

“Existem áreas do cérebro que controlam o equilíbrio e a coordenação, a principal é chamada de cerebelo. Doenças que atingem essas áreas do cérebro, casando machucados ou até mesmo desajustes químicos, podem levar a tontura. AVC, esclerose múltipla, tumores cerebrais ou meningites, quando atingem essa área geram a vertigem de origem central, por exemplo”, explica dr. Saulo Nader, neurologista do Albert Einstein e da USP.

Agora, se os neurotransmissores cerebrais (as substâncias químicas que produzidas pelo cérebro como serotonina) estão desalinhados, podemos ter grandes doenças químicas cerebrais levando a “labirintite”.  São elas: Cinetose (enjôo dentro de veículos), a Tontura

Perceptual (ou Vertigem Fóbica), a Migrânea Vestibular (uma enxaqueca que gera vertigem), Vertigem Visual e a Desorientação Vestibular do Motorista.

São várias doenças que você talvez nunca ouviu falar e que podem gerar tontura. E essas doenças são muito, muito incômodas, atrapalham a qualidade de vida e são pouco reconhecidas (muita gente sofre delas e não descobre). E o melhor: SIM, elas têm tratamento, segundo o especialista que é apelidado pelo pacientes como Doutor Tontura.

“A principal chamada é cuidar do seu cérebro. E um alerta: sua “labirintite” pode não estar melhorando por algum probleminha ocorrendo dentro da sua cabeça e não nos labirintos. Procure um médico especializado”, finaliza Nader.