O CAPS (Centros de Atenção Psicossocial) de Dracena é a instituição responsável pelo atendimento das pessoas que querem parar de fumar. Aproveitando a data de hoje, Dia Nacional de Combate ao Fumo, o Jornal Regional conversou com Camila Zanetti, enfermeira responsável pelo atendimento no CAPS.

Zanetti explicou como funcionam os atendimentos no CAPS local. “O CAPS atende grupos de pessoas que querem parar de fumar. Hoje, os atendimentos estão limitados por conta da pandemia do novo coronavírus, mas alguns casos de urgência e emergência estão sendo realizados de forma individual, seguindo os protocolos estabelecidos”, disse ela.

Os atendimentos seguem os métodos estabelecidos pelo Ministério da Saúde. “A gente segue normas e regulamentos do Ministério da Saúde. São disponibilizados remédios de forma gratuita. Além disso, os atendimentos em grupos são rentáveis, pois um paciente ajuda o outro”, conta a enfermeira.

O CAPS local atende todas as cidades da região. Segundo Zanetti, diversas ações de incentivo de combate ao tabagismo são realizadas na cidade. “A gente usa datas comemorativas como a de hoje, palestras educativas em escolas, empresas e presídios. Todas as ações são formas de conscientização e prevenção de novos doentes”, explicou.

Segundo ela, a demanda é grande na cidade. “Temos uma lista de espera para novos grupos quando a pandemia acabar. O tabagismo é considerado uma doença e o CAPS oferece este tipo de tratamento”, disse Zanetti.

Ela ressalta que nem sempre existe êxito no tratamento, apesar de conseguir ótimos resultados. “Como toda doença de dependência química, apenas 30% dos pacientes conseguem se livrar do vício. Porém, já tivemos grupos em que 85% deles conseguiram parar de fumar”, lembra Zanetti.

De acordo com ela, o tratamento dura cerca de doze meses. “O primeiro mês é mais intenso. A partir do terceiro encontro, o paciente passa pelo médico. A média é que em três meses a maioria consegue cessar o hábito de fumar. Caso não consiga ou haja uma recaída, o tratamento segue por mais nove meses”, concluiu a enfermeira.