“Uma vida irrefletida é uma vida sem sentido”. Inspirado nesta frase do filósofo grego Sócrates, um professor de geografia de Dracena está liderando uma iniciativa que visa conscientizar a população sobre a importância do voto e da política de um modo geral aos dracenenses.

Paulo Roberto Bolzan elaborou uma cartilha e durante a próxima semana irá distribuir o material impresso e conversar com as pessoas da cidade. “A ideia de elaborar esse projeto surgiu da insatisfação da população. Todos nós somos seres políticos e precisamos ter a consciência disso. Está garantido na constituição que o poder emana do povo e o voto deve ser levado a sério”, explicou Bolzan.

Segundo ele, a visão distorcida da política em geral causa prejuízos. “Temos que avaliar e escolher bem nossos representantes, até por que eles são agentes públicos e devem representar os nossos interesses, não os interesses próprios. Quando nós abrimos mão do nosso direito de escolha, estamos sujeitos a sermos representados por quem não nos representa”, ressaltou.

Segundo ele, é preciso empoderar a população para que saiba a importância de pesquisar sobre os candidatos. “Eles são importantes para a nossa sociedade, é preciso haver esse debate político entre todos da cidade. Acredito que as pessoas que estão na disputa têm boas intenções em sua grande maioria”, alegou o professor.

A principal proposta é que o novo prefeito aceite a participação da população nas escolhas que irá fazer. “Acredito que é possível organizar melhor a escolha das secretarias, por exemplo. A ideia é de que exista um processo seletivo nesta escolha, que passe por uma comissão avaliadora e técnica de determinada pasta. Por exemplo, o novo secretário de agricultura seria escolhido após o envio e análise do seu currículo, ser entrevistado por pessoas da área e depois ser nomeado. Isso acabaria com o ‘toma lá da cá’ que vemos na política”, afirmou Bolzan.

Além disso, Bolzan comentou que profissionalizar a prefeitura fará com que a administração municipal seja coerente com os anseios populares. “O poder não se passa aos políticos, o poder segue sendo do povo. Aquele político que iremos escolher no próximo dia 15 é apenas o representante do povo. Se não agirmos de forma profissional, as necessidades da cidade serão trocadas por necessidades individuais”, concluiu Bolzan.