De acordo com os resultados da Pesquisa de Investimentos Anunciados no Estado de São Paulo – Piesp, do Seade, no terceiro trimestre houve retomada dos investimentos no setor de serviços, que concentraram mais de 60% dos R$ 5,6 bilhões apurados no período. Na comparação com o trimestre anterior, cresceram quase quatro vezes, obtendo seu melhor resultado em cinco trimestres.

Entre os 17 subsetores dos serviços para os quais foram destinados investimentos ao longo dos nove meses de 2020, sobressaem as atividades imobiliárias (R$ 2,0 bilhões) e o ramo de aluguéis não imobiliários (R$ 1,3 bilhão), seguidos pela prestação de serviços de informação (R$ 724 milhões), atividades esportivas, de recreação e lazer (R$ 503 milhões) e serviços de saúde (R$ 455 milhões).

A expansão dos investimentos nas atividades imobiliárias reflete a gradual recuperação da construção civil. Entre os empreendimentos de maior valor, incluem-se o complexo corporativo de alto padrão em São Paulo, dois shopping centers de outlets, em Guarulhos e São Roque, e o desenvolvimento de novas tecnologias para gestão de condomínios por empresa especializada de Campinas.

Destaques em outras atividades são os investimentos na expansão da frota de caminhões para locação no agronegócio e para fins logísticos e em mobilidade urbana nos sistemas de compartilhamento de bicicletas.

Quanto à distribuição regional dos recursos em 2020, R$ 4,0 bilhões foram direcionados à Região Metropolitana de São Paulo. Na sequência, vêm as regiões de Araçatuba (R$ 511 milhões), Campinas (R$ 481 milhões), Sorocaba (R$ 187 milhões), São José do Rio Preto (R$ 98 milhões), Ribeirão Preto (R$ 29 milhões), Presidente Prudente (R$ 16 milhões), além das regiões de Santos (R$ 1 milhão) e São José dos Campos (R$ 500 mil)

Em Dracena

Na cidade de Dracena, o investimento na construção civil, de certa forma, também influenciou no aquecimento por parte do setor imobiliário local.

De acordo com Leandro Ganarani Abreu, proprietário de uma imobiliária, trocas de imóveis estão em alta. “Desde o começo do ano não tivemos aumento sobre a procura de imóveis à venda. Porém tivemos sim a procura por troca de imóveis de valores altos e valores mais baixos”, disse.

Segundo Abreu, os aumentos do preço dos materiais de construção afetam o valor final de novas casas, e diretamente mexe com o serviço imobiliário.

Para o próximo ano, a expectativa é de que o setor siga aquecido. “O setor imobiliário terá uma grande mudança em 2021. Como as pessoas que preferem e tem maior interesse em aquisição de um imóvel novo como moradia ou as que investem no setor imobiliário, ele vai ganhar força. Muitas vezes é um investimento concreto focar em imóveis, isso continuará em 2021”, afirmou Abreu.