Quando o assunto é saúde mental, é possível enveredar por inúmeras vertentes temáticas. Podemos falar sobre autoconhecimento, recepção emocional, transtornos da psique ou até mesmo tratamentos sociais para com aqueles que convivem com transtornos ou doenças mentais.
Não é surpresa, então, que este tema seja um assunto recorrente nos cinemas. Filmes podem ser provocativos e têm o poder de estimular discussões, ensinar verdadeiras lições e fazer refletir sobre muitos aspectos da vida. Por isso, confira exemplos de produções que mostram a importância de conversar sobre saúde mental.
Divertida Mente (2015)
O filme de animação Divertida Mente (2005) é centralizado na vida de Riley, uma menina que passa por grandes mudanças em sua rotina. Os comportamentos da garota são movidos pelas emoções, representadas por personagens em seu cérebro – Alegria, Tristeza, Medo, Raiva e Nojo.
A partir das experiências da jovem, o filme trata da forma como as emoções são processadas pelo psicológico e da necessidade de senti-las para o desenvolvimento pessoal. Lidar com frustrações e aceitar a tristeza como parte da jornada são algumas das mensagens transmitidas por esse filme premiado.
Comer Rezar Amar (2010)
A escritora Elizabeth Gilbert é a personagem principal de Comer Rezar Amar (2010). Tudo começa quando ela percebe o quão infeliz, confusa e em pânico se sente, mesmo tendo uma vida considerada perfeita para muitos: é casada, tem um bom trabalho e não lhe faltam amigos.
Mesmo após a separação, Elizabeth percebe que ainda não conhece verdadeiramente a si mesma e parte para uma jornada de autoconhecimento pela Índia, Itália e Indonésia. O longa carrega reflexões interessantes a respeito da insatisfação pessoal, da busca pela identidade própria e do autoamor.
Um lindo dia na vizinhaça (2020)
Um Lindo Dia na Vizinhança (2020) é uma história biográfica, mas não num formato tradicional. Ele nos mostra Fred Rogers, criador de um programa popular nos Estados Unidos dos anos 60, e como um cético jornalista investigativo muda sua opinião a respeito dessa figura pública enquanto escreve um perfil sobre ele.
O filme é mundialmente reconhecido pela lição sobre a importância do perdão da mudança de perspectiva e da gentileza no emocional, trazendo, dessa forma, ensinamentos funcionais e comportamentais para uma melhor saúde mental.
Um Estranho no Ninho (1976)
Um Estranho no Ninho (1976) acompanha a história do prisioneiro Randle Patrick McMurphy que finge ter insanidade para não trabalhar e chegar a uma clínica psiquiátrica. Lá, o personagem instiga a revolta dos pacientes assustados contra a rigidez da enfermeira Ratched, sem saber o que isso pode lhe provocar.
O filme é um retrato do tratamento socialmente desumano com indivíduos devido à sua condição mental e surge como um estudo do processo de institucionalização, assim como uma crítica a determinados regimes de psicoterapia. A reflexão que traz no final é sobre a crueldade a qual são submetidas essas pessoas, sem deixar de lado a necessidade, sim, da existência de manejos adequados para os pacientes.
Nise: O Coração da Loucura (2016)
O filme biográfico Nise: O Coração da Loucura (2016) segue a história da psiquiatra brasileira Nise da Silveira, após seu retorno ao serviço público. Por lá, a profissional veio a revolucionar a psiquiatria no Brasil, propondo e aplicando formas alternativas de cuidados, com base na arte, afeto e contato com animais – um tratamento humanizado para os pacientes psiquiatricos, evitando métodos agressivos e paralelos à tortura.
Garota, Interrompida (1999)
Após uma tentativa de suicídio, a jovem Susanna Kayson batalha com a incerteza de sua própria condição mental. A jovem é diagnosticada com síndrome de borderline e, com a persuasão dos pais, aceita ser internada em uma clínica.
O arco apresentado em Garota, Interrompida (1999) fornece uma representação da batalha interna para encontrar a verdade por trás da saúde mental, demonstrando também como os sinais dos transtornos psiquiátricos podem não ser tão estereotipados quanto o que o público em geral espera.