Dracena tem fotógrafos que se destacam na bela arte, tanto profissionais, como aqueles que aderiram à fotografia como hobby. Saffira Jalul Peret, moradora na cidade há 21 anos, é uma dessas pessoas que têm a fotografia como inspiração para vida, na maioria das vezes, ela fotografa cenas, que levam a gente a refletir sobre a existência e a presença do nosso Criador.
São lindíssimas imagens das mais belas flores, pássaros, lugarejos, do campo, enfim tantas fotos que não é possível citar todos os momentos. Para obter os melhores lances, como a ‘dança’ dos pássaros para tomar água ou se alimentar do néctar das flores, no próprio jardim da casa dela, ela conta que acorda cedo.
Nascida em Rio Branco (Acre), apesar de ter se mudado para o Rio de Janeiro com apenas 10 anos, foi em Rio Branco que Saffira teve o primeiro contato com a fotografia. “Me encantei. Meu avô Achylles Peret, engenheiro, amigo de infância do então presidente Getúlio Vargas, foi construir aquela região. Ele próprio registrava suas obras e tais fotografias eram reveladas em um cômodo de sua casa”, comentou. “Lembro-me de observar as imagens “brotando” aos poucos de um varal. Jamais esqueci aquele “milagre”. Aos 18 anos, já trabalhando como bancária, lembro-me que ao visitar uma exposição do grande fotógrafo brasileiro Sebastião Salgado, desejei me dedicar a fotografia profissionalmente, entretanto, minha ideia não foi bem recebida pela família. Convivia também com um tio indigenista, João Américo Peret, autor de diversos trabalhos e mundialmente reconhecido junto aos índios brasileiros”, recordou dizendo que a fotografia sempre a acompanhou e a fascinou.
Saffira desempenhou trabalho voluntário no escritório da extinta ‘Casa do Menor’, na cidade, na época localizada na saída para Oásis. Foi coordenadora da instituição e permaneceu por lá durante dez anos, até se aposentar.
“Hoje aposentada, me intitulo ‘fiscal da natureza’ com muito orgulho! Sou uma apaixonada por toda a criação de Deus e nossa região é especialmente rica em belezas naturais. Todos os estilos da fotografia me fascinam como, por exemplo, os retratos que capturam a alma das pessoas através das lentes”. “Além disso, as minhas visitas aos cafezais, seringais, canaviais, dentre outros lugares, registrando a natureza o magnífico trabalho dos que ali tão humildemente ganham o seu sustento, certamente me tornam um ser mais feliz e grata à vida”, concluiu a nossa homenageada pelo dia do fotógrafo.