O problema da falta de abastecimento de oxigênio em Manaus (AM) está acarretando em uma crise sanitária e humanitária sem precedentes desde o início da pandemia do novo coronavírus.

Vital para o tratamento de casos graves de covid-19, o oxigênio medicinal salvou diversas vidas. A reportagem do Jornal Regional e Portal Regional entrou em contato com a Santa Casa de Dracena para saber a situação atual do único hospital da microrregião que conta com UTIs exclusivas para o tratamento de covid-19.

Além do abastecimento de oxigênio, foi perguntado para a administração do hospital como está o abastecimento de EPIs e remédios usados para o tratamento do novo coronavírus. Segundo a assessoria da Santa Casa, o hospital diz que o abastecimento de oxigênio medicinal se faz por meio de armazenamento em dois tanques.

De acordo com o hospital, o nível de aferição do estoque se perfaz por meio remoto, conectado diretamente ao fornecedor, responsável pelo planejamento logístico, através de carreta transportadora. Além disso, a Santa Casa tem o controle do nível de estoque, com sensor capaz de monitorar e emitir alertas com a minimização do estoque.

Segundo resposta enviada pela assessoria do hospital, em caso de falta de abastecimento destes tanques de oxigênio, existe a possibilidade de compra deste material. “A disponibilização de rede interna por meio de dutos que transportam os gases medicinais do tanque para as unidades consumidoras, como maiores consumidoras. Os cilindros são utilizados em menor escala para situações pontuais, para equipamentos móveis”, disse a nota enviada como resposta.

EPIs e medicamentos

Materiais amplamente utilizados pelos profissionais de saúde que estão na linha de frente do tratamento de covid-19, o Equipamento de Proteção Individual (EPI) também tem papel importante para o tratamento hospitalar.

A nota enviada pela Santa Casa de Dracena afirma que o estoque do hospital de insumos (como EPIs) são projetados com a previsão de semanas, meses e de periodicidades em caso de epidemia, pandemia ou situações sazonais, como no inverno com a incidência de moléstias respiratórias.

Quanto aos respiradores a Santa Casa afirma que possui estoque que contempla todos os pontos necessários e uma reserva estratégica, com manutenções, calibrações e atualizações regulares.

Por fim, a Santa Casa loca diz que eventualidades podem afetar o abastecimento destes materiais. “Contudo, considerando o consumo de insumos e medicamentos sujeito aos prazos de validade, na ocorrência de efeitos não previstos como catástrofes, movimentos paredistas e mesmo a falta prolongada de matéria prima, fatores que se distanciam da normalidade, certamente os estoques serão afetados”, disse a nota enviada pelo hospital.