A primeira vacinada contra a COVID-19 do interior de São Paulo é técnica de Enfermagem do HC de Campinas (Unicamp). Liane Santana Mascarenhas Tinoco nasceu em 1971 em Itaberaba, Bahia. Moradora de Campinas há 16 anos, trabalha no HC desde 2010. Liane atua na enfermaria específica para casos de Coronavírus desde o início da pandemia, ajudando a salvar vidas.

Casada e sem filhos, se sente muito otimista e esperançosa com a vacina. “Desde o começo, o desconhecimento gerou medo e insegurança, mas busquei forças e fui em frente. Agora estou vacinada”, relata Liane, já com seu comprovante de vacinação.

O HC de Campinas é o primeiro hospital do interior a iniciar a vacinação de seus 4 mil profissionais. As doses da vacina do Instituto Butantan, que começaram a ser aplicadas na tarde de segunda-feira, 18, saíram da capital paulista às 8h. Por volta das 15h30 a equipe já estava preparada para vacinar os primeiros profissionais que atuam na unidade.

A distribuição das vacinas, seringas e agulhas para o interior também começou na segunda-feira, 18, para cinco hospitais-escola do interior: os Hospitais das Clínicas de Campinas, Botucatu, Ribeirão Preto, Marília e o Hospital de Base de São José do Rio Preto. No total, cerca de 60 mil profissionais que atuam nesses hospitais serão imunizados contra a COVID-19.

Além disso, desde às 7h, já estão sendo aplicadas doses da vacina em trabalhadores do Complexo do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, da capital.

Outras cidades do interior também já iniciaram vacinação

Em Botucatu, a técnica de Enfermagem Jacilene Rosa de Lima, que trabalha na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) exclusiva para atender casos graves do novo coronavírus. Aos 40 anos, mesmo tomando todos os cuidados, Jacilene recebeu diagnóstico da doença em julho, mas não teve sintomas. Seus filhos tiveram a doença, mas apenas o marido apresentou quadro grave. Após uma semana lutando contra a doença e internado na UTI onde a própria esposa trabalhava, o marido faleceu apesar de todos os cuidados médicos.

Em Ribeirão Preto, no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, a primeira vacinada foi a técnica de enfermagem Maria Lucia dos santos. Aos 45 anos de idade e dez de profissão, Maria Lucia trabalha há três anos ao HC. Na pandemia, decidiu alugar um apartamento em Ribeirão para proteger sua família, que mora a uma distância de 60 km, em Pitangueiras. Casada e com três filhos, retorna ao lar somente nos dias de folga.