O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, acompanhou, na tarde desta quinta-feira (18/2), a abertura de um hospital de campanha em Santarém, região oeste do Pará. A unidade conta com 60 leitos, sendo 54 clínicos e 4 de estabilização, e foi montado na Escola Estadual Maria Uchoa Martins, no bairro Floresta, para apoiar o atendimento aos pacientes da Covid-19 no estado. O hospital entra em funcionamento nesta sexta-feira (19/2).
Ao visitar as instalações, o ministro elogiou a estrutura que abrigará a unidade de saúde, resultado do esforço conjunto dos governos federal, estadual e municipal.
“É muito bom chegarmos a um estado e verificarmos a união de esforços de todos os níveis de gestão e de governo, e observar a estrutura de um hospital de campanha aproveitando uma construção de escola, já com a estrutura física pronta e adaptá-la”, observou Pazuello.
A abertura de leitos por meio de hospitais de campanha é uma das três estratégias básicas que o ministro traçou como prioritárias para o enfrentamento da pandemia no estado e melhor atendimento dos pacientes. As outras duas incluem o atendimento médico imediato dos pacientes sintomáticos na Atenção Primária para tratamento adequado e a vacinação da população.
“Estamos fechando o trigésimo dia de vacinação e isso vai nos dar um primeiro padrão de país”, disse Pazuello, ao ressaltar a distribuição de imunizantes a 5.570 municípios em todo o Brasil.
O hospital de campanha de Santarém está localizado a 800 metros de distância do Hospital Regional do Baixo Amazonas e faz parte da estratégia para desafogar a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do município, cujo uso é exclusivo para atendimento de casos de Covid-19 e está com fluxo de atendimento intenso.
A estrutura conta com sete enfermarias com sete leitos cada, uma enfermaria com 16 leitos, sala de estabilização, posto de enfermagem e farmácia.
VACINA E OXIGÊNIO
Durante a visita, o governador do Pará, Helder Barbalho, detalhou ao ministro medidas protetivas a viajantes do Amazonas, a fim de conter a circulação da variante P.1 do coronavírus, com circulação ativa no estado vizinho. Foram abordados ainda os investimentos do governo estadual para atendimento dos municípios da Calha Norte – região que ocupa nove municípios e uma área de 22% do Pará – e ações voltadas aos ribeirinhos, por meio de navios de assistência hospitalar.
Segundo o governador, a situação da doença no estado é estável, mas há dificuldade na produção de oxigênio medicinal, sobretudo nas regiões do Marajó. Assim, o Ministério da Saúde se comprometeu em apoiar o abastecimento do estado com o envio de 10 usinas geradoras do gás o mais breve possível. A possibilidade de envio de mais doses de vacinas ao estado para proteção da população e controle da curva epidemiológica também será estudado junto ao Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde (PNI).
Até o momento, o Ministério da Saúde enviou ao Pará 315.840 doses de imunizantes contra a Covid-19.