DA REDAÇÃO

Devido à pandemia da Covid-19, os cursos de ensino a distância (EAD) no Brasil receberam mais matrículas do que os presenciais, tanto na rede pública quanto na privada, em 2020. Para os pais e educadores surge o desafio: como preparar as crianças para esse mundo quase 100% virtual? A escola Teia Multicultural desenvolveu uma solução para preparar os alunos para o futuro online.

De acordo com Censo da Educação Superior 2020, publicado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) e pelo Ministério da Educação (MEC), em fevereiro deste ano, dos mais de 3,7 milhões de ingressantes de 2020 (instituições públicas e privadas), mais de 2 milhões (53,4%) optaram por cursos a distância e 1,7 milhão (46,6%), pelos presenciais.

Para o diretor Administrativo da escola Teia Multicultural, Lucas de Briquez, não é preciso olhar para o futuro para perceber que esse mundo virtual, que não é paralelo e sim intrínseco ao nosso mundo real, já existe e faz parte do nosso cotidiano.

“A educação, seja ela formal ou informal, é composta por diversas formas de desenvolvimento humano, e entre suas funções está a de levar e desenvolver conhecimento. Com a pandemia, todas as escolas tiveram que migrar para o ensino remoto, que já era comum nos estudos de nível superior, mas incomum até então no contexto escolar”, relembrou.

Educação em ação!

Lucas lembrou que, desde o ano passado a escola Teia Multicultural começou a praticar alguns formatos diferentes de ensino híbrido, com a intenção de manter as experiências significativas que somente o ensino presencial pode proporcionar, ao mesmo tempo em que se prepara os alunos não somente para ingressarem em graduações online em seu futuro, mas também para conseguirem trabalhar com agilidade em qualquer empresa de qualquer lugar do mundo, quando forem adultos.

“Percebemos em um trabalho realizado inteiramente por meio de projetos interdisciplinares, os estudantes podem vivenciar experiências no mundo físico, em um determinado momento, e em outro momento podem levantar informações no mundo virtual, para complementarem o conhecimento adquirido”.

Além da pesquisa, que muitas escolas pós-modernas já realizam utilizando a internet, os alunos podem interagir e compartilhar essas e outras informações, pertinentes ao contexto escolar, dentro da plataforma que é utilizada pela escola, a Microsoft Teams.

“A plataforma auxilia os alunos a organizar suas atividades e rotina escolar, além de permitir que eles se conectem através dela com diversos softwares que são utilizados em produções. A partir disso, a internet deixa de ser um meio somente de pesquisa e passa a ser um ambiente para produção”, detalhou.

O profissional também pontuou que o “uso de eletrônicos, assim como tudo na vida, deve ser feito com equilíbrio e, para se saber onde está o seu ponto de equilíbrio deve haver uma investigação constante, um trabalho de autoconhecimento, e, considerando que muitas crianças não realiza esse tipo de trabalho, é necessário que estas sejam instruídas, é preciso que haja um observador atento para que a internet e os eletrônicos não substituam práticas extremamente valiosas na formação humana.”

Mesmo defendendo um ensino cada vez mais conectado, a Teia acredita que a criança precisa brincar, correr, gastar energia, desenvolver seu corpo, fortalecer sua presença e elevar sua autoestima através da troca com seus pares.

“Crianças precisam ser crianças, pois não são mini adultos, são seres com necessidades e compreensões específicas, e o relacionamento digital pode até trazer uma falsa impressão de suprir as necessidades sociais nossas e delas, mas nada melhor do que se encontrar de verdade, tocar, praticar atividades ao ar livre”, finalizou.