Polícia Civil deflagra operação em combate a crimes cibernéticos
No Oeste Paulista, houve vítimas em Presidente Prudente e em Ribeirão dos Índios
Polícia Civil e g1 P. Prudente
A Polícia Civil deflagrou na manhã desta quinta-feira, 15, a operação Cyber Provider. Segundo a Polícia, a organização criminosa foi responsável por crimes cibernéticos que lesionaram, ao menos, 500 vítimas em todo o Brasil nos últimos meses.
O grupo criminoso age desde 2010 com uso de falsos sites e promoção de anúncios em sites de comércio eletrônico. A vítima de Ribeirão dos Índios teve um prejuízo de R$ 1,3 mil ao comprar produtos a partir de anúncios de um site de vendas e não recebê-los. Já a vítima de Presidente Prudente, foi prejudicada em R$ 200.
O delegado responsável pelas investigações na região, Everson Aparecido Contelli, informou ao g1 que novas vítimas podem surgir no Oeste Paulista.
“Pode ser que tenham mais cidades, estamos levantando”, afirmou Contelli ao g1.
A forma de praticar os crimes financeiros corresponde a cada uma das modalidades de fraudes virtuais. No golpe virtual denominado de pagamento antecipado, os criminosos criam anúncios e com uso combinado de “impersonatio” e engenharia social, com uso de “phishing” e “vishing”.
Ainda conforme a polícia, na prática, os criminosos combinam acesso privilegiado a bancos de dados de sistemas de análise de crédito, com engenharia social e, se passando por vendedores, enganam as vítimas que utilizam as plataformas em busca de promoções.
Na sequência os recursos são transferidos dezenas de vezes por meio de PIX, utilizando contas falsas de bancos digitais, técnica de lavagem de dinheiro para afastamento e branqueamento dos valores.
A Polícia Civil de São Paulo cumpriu sete mandados judiciais de busca e apreensão em São Paulo (SP), Diadema (SP) e em São Bernardo do Campo (SP), com o objetivo de localizar três pessoas envolvidas nos crimes.
Nesta quinta-feira, o líder do grupo, conhecido como “Rei do Pagamento Antecipado” em ambientes virtuais, foi identificado pelos policiais. O homem é ex-funcionário de uma empresa de análise de crédito e de fornecimento de serviços financeiros terceirizados. Ele foi o idealizador do sistema, em 2010.
O nome da Operação Cyber Provider é uma alusão à utilização de provedores de aplicação de comércio eletrônico.