Depois que o Ministério da Educação (MEC) resolveu cancelar as provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 639 alunos do Colégio Christus, de Fortaleza (CE), a escola informou que vai recorrer na Justiça da decisão classificada como “ilegal e abusiva”. Uma apostila distribuída pela escola semanas antes da data do exame continha cerca de dez questões idênticas às que foram cobradas nas provas do último fim de semana. Os itens vazaram durante a fase de pré-testes do Enem, da qual participaram alunos da escola cearense em outubro do ano passado.
O MEC vai reaplicar as provas para os estudantes do Christus nos próximos dias 28 e 29 de novembro. O colégio defende que o mais correto seria a anulação das questões e que seus alunos não podem ser penalizados porque “não cometeram qualquer ilícito”, informou em nota.
O pré-teste dos itens do Enem é feito pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) para avaliar se as questões em análise são válidas e qual é o grau de dificuldade. Depois de aprovadas, elas são incluídas em um banco de itens utilizado para montar a prova. Os cadernos de questões do pré-teste devem ser devolvidos aos fiscais que fazem a aplicação e incinerados pelo Inep.
O colégio acrescenta que alunos de outras escolas podem ter tido acesso ao material produzido pelo Christus e por isso a melhor forma de resolver o problema seria a anulação das questões.
“Como a identificação dos alunos que tomaram conhecimento prévio das questões é improvável, a lógica, o bom senso e a legalidade impõem, como solução, a anulação das questões coincidentes, como forma de restabelecer a isonomia”, defendeu a escola em nota.